IV - NEW YORK, NEW YORK

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'I wanna wake up in a city that doesn't sleep, and find I'm king of the hill - top of the heap.' Henrique seguia cantarolando pelas ruas de Manhattan, rumo ao escritório em que trabalhava sua amada Jasmine, mas antes fez uma parada providencial numa floricultura porque não admitia a ideia de ir ao encontro de Jasmine sem oferecer-lhe flores.

- Rosas vermelhas, as mais vermelhas que houver! E a florista sorria a lhe entregar as flores quando, de repente, ouviu-se uma explosão ensurdecedora!

Muitos correram para dentro dos estabelecimentos comerciais. Os veículos detiveram-se por um instante. Alguns olhavam para o céu tentando entender alguma coisa, e Henrique observava tudo tentando manter a calma.

- O que está acontecendo?

- Guerra! Gritou alguém. Um avião caiu!

E tudo era uma confusão de informações de pessoas em pane, até que Henrique avistou que a alguns quarteirões dali as pessoas aglomeravam-se nas esquinas olhando para o alto. Tentou olhar para cima, mas os prédios cortavam a visão. Uns quinze minutos se passaram e ouviu-se outra grande explosão. Henrique correu até o aglomerado de pessoas e, antes que precisasse perguntar qualquer coisa, viu com seus próprios olhos o topo das torres do World Trade Center ruindo porque foram atingidas por dois aviões.

- Jasmine! Foi o que ele pensou imediatamente.

Jasmine trabalhava naquele prédio, numa divisão do banco de investimentos Cantor Fitzgerald LP, no andar 101a da Torre Norte do World Trade Center, e Henrique apressava-se em ligar para ela.

- Alô? Jasmine? Ela demorou em responder. Meu anjo! Minha princesa, que bom ouvir você! Onde você está?

- Eu estou aqui, amor, no escritório. O prédio explodiu, disseram que aviões acertaram as torres. Os andares debaixo estão incendiados e não temos como sair daqui, mas já disseram que os bombeiros estão vindo pra cá e vão apagar as chamas.

- Deus Santo... Mas... E aí na tua sala, está tudo ok?

- Tem muita fumaça nos corredores. Tudo estremeceu aqui. Alguns móveis caíram, mas estamos todos bem aqui na nossa sala, aguardando os bombeiros.

- Eu estou indo para aí, amor. Tenho certeza que os bombeiros conseguirão conter este incêndio e vocês poderão sair.

- Meu anjo...

- O que foi, minha princesa? Jasmine começava a chorar ao telefone. Ela quase não conseguia falar. Henrique...

- Estou te ouvindo, amor. Estou aqui, com você.

- Então, amor... Não desliga o telefone.

- Claro que não, não vou desligar, minha princesa, vou ficar aqui, falando com você. Ouça, eu acabei de escolher flores para você. Rosas! Rosas vermelhas. As mais vermelhas que havia! Jasmine sorriu. Ouça... Quando você sair daí, nós vamos jantar juntos e depois vamos dançar um pouco na sala, só eu e você. - Eu vou cantar 'Love me tender' pra você ao teu ouvido.

- Ah, não, meu anjo, não canta, não. Você é muito desafinado.

- É, né... Deixa. Não é toda mulher que tem a sorte de namorar quase um 'Elvis Presley' como eu, ta bom.

- É... Mas esse 'quase' faz toda a diferença! (...) E os dois riam disto.

- Eu amo você, minha princesa.

- Também te amo.

- Veja, eu estou indo a pé até aí. O trânsito na cidade parou. Jasmine? Jasmine?

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⏰ Última atualização: May 16, 2016 ⏰

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