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Quando o Dr. Davi saiu, aceitei comer aquela sopa que as enfermeiras me levaram, apesar de parecer estranho era a melhor comida de todos os tempos. Não, é mentira, estava horrível mas comi forçando meu sub consciente a gostar de cada colherada que ela me dava. Eu ainda tinha uma dieta a fazer porque ele havia dito que amanhã eu passaria por uma cirurgia. Ele estava tão confiante que mal podia esperar... até me esqueci daquele papo da minha mãe sobre viver um dia de cada vez.

Estava tentando Recordar os momentos mais incríveis do show dos New Boys quando ouvi baterem na porta.

- Olá minha princesa podemos entrar? Era a voz do meu pai que estava meia rouca.

- Pai, (gritei) claro - vi minha mãe esticando a cabeça do lado de fora tentando me fazer encherga-la - vem mãe, espero que não esteja brava comigo. - Falei e logo despenquei a chorar... Como foi bom ver meus pais. Não pude me conter com toda aquela emoção.

Eles se aproximaram e um de cada lado da cama se encostaram para me abraçar e por um bom tempo aquele quarto ficou em um silêncio carregado de emoção. Eu apenas apreciava aquele momento de cafuné na minha cabeça, carinho no meu rosto como se fosse a primeira vez que nos víamos. Me senti tão acolhida naqueles abraços que desejava nunca mais sair.

- Como vocês estão? Disse eu, quebrando o silêncio. Como sempre.

- Nós estamos bem, - Disse papai olhando para mim com um sorriso, - melhor agora que você resolveu acordar dona bela adormecida.

- pensei que teríamos de chamar Derick para te acordar com um beijo. Falou minha mãe enquanto encenava suas palavras.

Rimos juntos, menos meu pai que pareceu perder o humor com a idéia.

- A Thomas, Ele não é tão ruim assim, é um rapaz legal, por falar nisso dona Tamy, Ele liga quase todos os dias pra saber de você. Assim como o Gustavo, a Jessyca e Laura então nem se fala, ficou os primeiros dias plantada aqui comigo. A mãe dela teve que ameaçar para que ela voltasse.

- Nossa, mãe quanta coisa e como está Teylor? Cadê ele? Não que eu esteja preocupada, e nem que eu sinta falta, mas...

- acho que tá na hora de parar com essas intrigas Tamy, ele é seu irmão, -Falou meu pai saltando da cama para sentar no sofá, - coitado ficou sofrendo achando que você tinha castigado ele por ter dito que não precisava voltar para casa, antes de você e sua mãe saírem para o show.

- Sério? então não vamos contar nada para ele, deixa ele sem saber por mais um tempo - minha mãe fechou a cara para mim e me olhou daquele jeito estranho que dá medo. - Tá bom, eu só Estava brincando eu estou com saudade dele, quero vê-lo também.

- Ele está na casa dos pais da Laura, Disse ela rindo - está se achando o máximo com toda a atenção que estão dando a ele. - ela passou suas mãos pelo meu braço e um pouco reclusa perguntou. - Já que seu pai tocou no assunto lembra de alguma coisa do nosso "Grande dia"?

- Do show? Estava tentando lembrar de alguns detalhes antes de vocês entrarem, só o que tenho São Flash. Eu lembro de chegar, ou não, Eu lembro de você dando entrevista para o canal C. Como pode fazer isso? Pai ela falou que deixou o carro aberto e fomos roubadas?

- minha nossa Tamy, seus flashs estão muito detalhados. Acho que sua memória está ótima - resmungou minha mãe tentando se defender dos meus ataques - e nós não fomos roubadas eu tinha levado todas as nossas coisas para a garagem e o que sobrou guardei tudo no porta malas.

Eu ria enquanto minha mãe tentava se explicar para nós, ela comecou a contar cada detalhe desde a hora que saimos de casa até o momento di show. Olhei para meu pai e ele estava quase dormindo naquele sofá, mas fingiu muito bem estar prestando atenção nas palavras da minha mãe. Ficamos ali por algumas horas rindo e relembrando daquela noite. Por alguns minutos nos esquecemos que estavamos em um quarto de hospital, rimos tão Alto que a enfermeira veio nos chamar a atenção por duas vezes. Na segunda ela ameaçou encerrar a visita dos meu pais.

- Mãe eu não sei dizer a vergonha que sinto por ter passado mal na frente dos meninos. Era minha primeira vez no show e estar perto do David e Clinton foi um sentimento inexplicável. Não posso acreditar que foi acontecer justo naquele dia. Eu nem tive tempo de terminar de falar com eles.

- Eu sei filha. (ela se aproximou de mim e passou o braço em volta das minha costas e começou a mexer no meu cabelo) Preciso te contar uma coisa. - Pode falar, - nós ainda estamos aqui na capital, Não estamos em nossa casa, você está no melhor hospital, sendo atendida pelos melhores médicos desse país. E sabe quem está pagando tudo isso?

Olhei para meu pai que estava emocionado olhando na direção da porta. mesmo imaginando saber da resposta, exitei em responder, pois pensei ser absurda de mais a minha idéia. Minha mãe já enxugando o rosto, sorriu e confirmou com a cabeça - sim, São eles.

ATÉ QUE ELE ME ENCONTROU!Onde histórias criam vida. Descubra agora