Capítulo 1

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Upside Down


— Steve não vai parar— desvio minha atenção para Tony. — Se você não parar, o Rhodes vai ser a menor das tragédias.

— Você os deixou irem, Nat.

— Nós agimos errado...

— Nós? — sorri sarcástico. — Deve ser difícil se livrar dessa vida de agente dupla, hein? Está no seu DNA.

— Você é incapaz de esquecer o seu ego nem que seja só por um segundo?— pergunta incrédula.

— T'Challa disse ao Ross o que você fez, então, eles estão vindo atrás de você.

— Não sou eu quem precisa tomar cuidado.

Saio irritada, deixando Tony ali sozinho. Esse imbecil não é capaz de pensar nas conseqüências, sempre soube que a única coisa que lhe importava era a si mesmo. Sabia que seria uma perda de tempo vir aqui falar com ele. Onde eu estava com a cabeça quando decidi me juntar a ele?

Ando em direção ao elevador, mas paro ao perceber uma movimentação estranha e alguns olhares cravarem em mim. Pelo visto o Ross não perdeu tempo ao mandar seus capachos atrás de mim. Dou um jeito de despistá-los e sigo pelas escadas até a garagem. Chegando lá, dou de cara com cerca de sete homens fortemente armados.

— Isso será divertido!— sorri e corro em direção a eles.

Acerto o primeiro que vem em minha direção com uma rasteira e um soco certeiro. Em menos de dois minutos acabo com todos eles e sigo até minha moto. Antes que eu a alcance, a agente 13 entrou em minha frente.

— Agente Romanoff. Sinto muito, mas tenho ordens restritas para não deixá-la sair daqui— fala apontando uma arma em minha direção.

— Acha mesmo que alguém aqui será capaz de me impedir?— sorrio em desdém.

— Não quero ser obrigada a atirar em você.

— Eu não me preocuparia com isso.

Antes mesmo que ela possa reagia, acerto-a com um disparo do meu "ferrão da viúva", fazendo-a desmaiar imediatamente.

— Não vou me desculpar por isso — subo em minha moto e saio derrubando tudo que vem pela frente.

⍟⍟⍟

Dois dias depois...

Perambulava disfarçada pelas ruas escuras de Hell's Kitchen, até encontrar uma entrada secreta para o meu bar preferido na cidade. Eu, Clint e Maria costumávamos vir sempre aqui. Observo ao redor para ver se não estou sendo seguida e adentro.

O bar estava um pouco cheio, grande maioria dos frequentadores do local eram bêbados escrotos e metidos a valentões. Um deles entrou em minha frente e começou a me encarar com um sorriso nojento.

— Onde essa boneca pensa que vai? Aqui não é bem o lugar para uma garota.

— Não é da sua conto— falo ríspida — E eu não sou qualquer garota— Tendo passar por ele, mas sou impedida por sua mão que segura meu braço.

— Calma boneca, eu só quero te conhecer melhor — aproxima-se de mim, prensando meu corpo contra a parede.

— Se eu fosse você tiraria essa mão nojenta de mim, a não ser que queira chorar feito criancinha — lanço-lhe um sorriso diabólico.

— E quem vai me fazer chorar — me olha da cabeça aos pés. — Você?— Gargalha debochado.

— Ok, você pediu isso.

Com minha mão livre, seguro em sua intimidade e aperto com toda minha força fazendo o mesmo gemer alto e começar a ficar todo vermelho. Torço o braço que ele usava para me segurar e o lanço contra a parede.

— Quem é mesmo a boneca aqui? — sussurro contra a orelha dele que gritava de dor.

Derrubo-o no chão e começo a socá-lo violentamente e antes que eu finalize sou impedida por Luke que chega me afastando dele.

— Ok... já chega, Natasha. Não quero nenhuma morte aqui no meu bar.

— Esses babacas têm que aprender a não me subestimarem.

— Acho que eles já aprenderam — Luke sorri olhando em volta.

Todos no bar me encaravam incrédulos, afinal acabo de derrubar o homem mais forte que frequentava aquele local.

— Tobias, Scott... Levem ele daqui— ordenou, Luke.

Vou até o balcão e sento em um banco mais afastado.

— Guardei um presentinho pra você— Luke segue até um armário e tira de lá um litro de Vodka — Sua preferida.

Meus olhos brilham e um sorriso se desenha em meu rosto ao ver o que Luke trazia.

— Já disse que você é o melhor, não é?

Luke afirma com a cabeça. Ele ia servindo um copo, mas logo tomo a garrafa da sua mão.

— Hoje eu quero a garrafa completa — viro-a em minha boca.

— Dia difícil?

Você não imagina o quanto – suspiro. - Estou fodidamente ferrada.

— Algo relacionado a esse tal de registro? Ouvi falar que vocês andaram se enfrentando.

— Achei que tinha escolhido o lado certo, mas me enganei. Ross iria matar o Steve, eu tinha que impedi-lo.

— Então você traiu o governo?

Não respondi, apenas abaixei a cabeça.

— Cara, eu não gostaria de estar em seu lugar. O que pretende fazer?

— Steve e Bucky conseguiram fugir, mas o resto do time, inclusive o Clint, ainda estão presos. Eles podem tentar algo contra ele para me atingir. Preciso tirá-los de lá o quanto antes.

— Precisa de ajuda? Sabe que pode contar comigo, certo?

— Obrigada, Luke. É justamente por isso que eu to aqui. Vou precisar de alguém para segurar o Steve.

— Como assim?

— Além de resgatar os outros eu terei que roubar o registro que assinei do tratado e vocês irão precisar de alguém para impedir que sejam seguidos. Eu vou ficar e tentar segura-los o quanto puder e conhecendo o Steve como conheço, ele não vai permitir que eu fique e é ai que você entra.

— O que exatamente você quer que eu faça?

— Você é o único que tem força o suficiente para contê-lo. Assim que estiverem seguros quero que injete isso nele – lhe entrego um vidrinho com um liquido branco.

— O que é isso? – fala encarando o objeto.

— Isso é um tipo de tranquilizante desenvolvido pelo Bruce, capaz de derrubar até mesmo o Thor. Roubei alguns do laboratório dele – pela cara de espanto dele resolvi esclarecer antes que perguntasse. - Não se preocupe, fará com que ele fique desacordado apenas por algumas horas.

— E quanto ao Clint?

— Ele sabe que terei que fazer isso.


Continua...

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