Um sonho pornô

Esquina sem vergonha

Olhos que se encontram. Mãos que se confundem. Suspiros que nascem. Vidros embaçados. Bancos recostados. Quatros portas nos separando do mundo. Numa qualquer esquina. Em um lugar qualquer. O carro está parado e começa balançar. As poucas pessoas que passam, observam de fora. Umas passam e sorriem. Outras tentam olhar quem está lá dentro. Outros repudiam. E você fica toda vermelha de vergonha. Que Tesão essa sua cara de constrangida. Não sabe se olha pra fora ou se geme em cada quicada. Então te puxo o cabelo e te peço pra me chupar. Você obedece. Sou seu dono ali. Fica de quatro no banco do carona e usa a dádiva que Deus lhe deu... O dom de foder. Agora é  sua vez. Você me arranha. Me bate. Urra. Grita. Me chama de safado, cachorro ou qualquer coisa que me faça te foder com mais força e raiva. Agora você quem manda. E eu obedeço. Sou seu servo. Um escrevo do seu, do meu, do nosso prazer. Para te saciar. Matar sua carência e timidez profissional. Eu não te deu um, dois, três orgasmos. Te dou múltiplos orgasmo. Suguei sua energia sem piedade. Te comi de todas as maneiras possíveis naquele carro. O vapor quente subia. Não havia mais nada lá fora. E mesmo se houvesse, só se veria um carro que balançava violentamente. Ficou nossa marca ali. Um casal sem vergonha. Em um carro sem vergonha. Numa esquina sem vergonha.