Capítulo 43 - Dança Na Chuva

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Pov's Christopher

Eu estava trabalhando, elaborando uma planta, analizando terrenos na tela de meu computador, se já não bastasse saber que Dulce estava aqui para me desconcentrar, uma musica muito alta vinha do primeiro andar, tento me concentrar para calcular, e simplesmente não é possível, já estou estressado, essas coisas tinham que ser feitas para ontem e ainda me vem essa musica estridente atrapalhar, eu já estava pelas tampas com tanto, iria já averiguar e mandar Sofia desligar a música. Já bastava. Bato a porta de meu escritório bufando e um clarão vindo da janela acompanha a batida, deveria ser um relâmpago, que pressão. Vou andando a passos largos até a escada e quando chego paralizo-me com a cena que vejo, Sofia e Dulce dançavam e faziam caretas estranhas em cima do sofá, com que cara eu mandaria elas pararem? Se bem que isso nem passava mais por minha mente, eu nunca tinha visto Sofia com tal expressão, ela estava tão leve quanto nunca ficara comigo, eu estava impressionado, ali parecia estar tão melhor do que em meu escritório fechado, o sorriso de Dulce era algo alucinante, havia paixão, diversão...tudo, e isto somando-se ao fato de que ela colocava um sorriso no rosto de Sofia, como seria mais perfeito? Nem quero mais saber sobre o que eu tinha que fazer...ver aquilo foi o suficiente para me prender, prefiro muito mais prestigiá-las do que trabalhar, não que o trabalho não seja essencial, mas afinal, quantas vezes eu teria essa oportunidade? Ver minha filha brilhando tanto ao lado de uma pessoa tão incrível que virou minha vida do avesso, não tinha preço. Dulce mesmo em vestes tão simples ainda continuava fabulosa, normalmente Amanda não ficava tão bem com aquelas roupas quanto Dulce havia ficado, até mesmo porque Dulce tinha mais corpo, e estava muito sexy com aquela roupa, a blusa havia subido alguns centimetros e revelado parte de seu abdomem sarado, haviam algumas leves marcas vermelhas que se assemelhava a marcas de uma mão...isso me fez ficar um pouco hesitante, mas resolvi ignorar e continuar a contemplar a cena...Elas nunca me notariam ali.

[...]

O corredor era iluminado somente por alguns abajures de parede, a luz em tom laranja contractuava com os cabelos ruivos dela e fazia com que eles parececem fogo, sua pele mais se assemelhava a de uma boneca de porcelana, as palavras me faltavam, as cores já falavam por sí só, não precisava de muito para me fazer sonhar, seus olhos castanhos quase escondidos pela escuridão ainda assim brilhavam com o peso da felicidade, como podia ser assim? Essa capacidade de nos comunicarmos tão bem só com olhares como se já nos conhecessemos à anos, isso foi uma grande prova para mim, talvez tenha sido o destino a nos deixar frente a frente, antes eu queria saber como ela havia ido parar ali, era uma situaçõa bem estranha principalmente a qual nos encontramos na minha própria casa, mas agora percebi que isso não faz diferença, se eu souber ou não, nada muda, ela não se atrevia a falar, mas o que dizer? Nem mesmo eu sabia o que falar. Uma pessoa que chega, te faz encherar o mundo diferente, te mostra novas sensações...estou me sentindo um adolecene na puberdade, quando descobre a primeira paixão, mas aí está o agravante da história, paixão...essa palavra deixou de existir em meu vocábulario à exatos 7 anos, deixou de existir porque o caminho dela é escuro demais e cheio de buracos, num momento está tudo muito bem quando de repente "puft" você cai, como em Shakspire, grandes quedas...Dulce era a exata figura pela qual nunca me imaginei apaixonar, isto é, se eu me permitisse apaixonar, à essa altura da vida já sei que o amor vence tudo, mas o amor entre eu e minha filha, já as mulheres...elas são traiçoeiras...como são, mas Dulce parecia diferente, assim como o nome, não sei se deveria me arriscar, também não sei onde isso vai dar, mas só por hoje, vou deixar esta tempestade me levar.

- Vamos levar pra cozinha essas coisas - Eu susurro próximo ao seu ouvido, ela parece estremesser, mas acho que isto é coisa da minha cabeça.

- Vamos então - Ela fala em um tom divertido e um sorriso ilumina seu rosto junto ao olhar diertido que ela emanava. Fomos até a cozinha silenciosamente, a casa estava somente com os abajures ligados, a cada passo Dulce parecia flutuar, ela pisava no chão como se eles fossem as nvens, com tanta leveza, tanta naturalidade, que até me pergunto se ela sabia que fazia isso, soltamos todas as tigelas e colheres na pia, o som de quando elas se chocaram foi estridente o que fez Dulce rir, e olhar para mim fazendo um "Xiiiu" quase ináudivel acompanhado de um dedo indicador frente seus lábios, ela parecia se divertir com tudo, e eu também ria atoa, a chuva marcou sua presença por mais uma vez com um trovão de tremer o chão, que nos fez rir mais, pareciamos um casal de bobos, ou amigos alegres, ríamos de tudo, antes que as coisas ficassem estranhas fui em direção a sala sabendo que ela me seguiria, acendi as luzes, já estava tudo em ordem, como se nunca tivéssemos passado por ali.

Difícil Escolha #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora