Capitulo 20-Para sempre de luto.

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Um mês depois... 

Eu e Halle estamos nos dando super bem. Ela já está com três meses e alguma coisa. 

Allan não a acompanha nas consultas, na maioria das vezes sou eu quem vou. Ele sempre está trabalhando ou sai com os amigos. 

Quando descobrirmos o sexo do bebê dela, eu irei fazer um chá de bebê surpresa para Halle.

-Como você consegue aguentar o Allan? Mesmo que seja por fingimento. Halle questionou com um pedaço enorme de bolo na boca. 

Ela me olhou a procura de uma resposta, mais eu mesma estava tentando buscar algo que pudesse ser verdade.

-È que...bom, acho que o amo. Falei baixinho sem graça.

-Eu já sabia. Disse convicta e sorrindo de lado.

-Vamos mudar de assunto e que tal você me ajudar a fazer o almoço, por quê hoje dei o dia de folga para a cozinheira. Disse e ela logo se levantou vindo me ajudar.

[...]

Preparamos uma bela lasanha de frango com presunto e bastante queijo. Halle não parava de babar em cima da lasanha, então logo nos sentamos a mesa pra esperar Allan chegar.

Se passaram meia hora e nada dele, então vamos lá!

-Não aguento mais esperar Bel, meu bebê vai nascer com cara de lasanha. 

-Tudo bem, vamos atacar logo essa lasanha.

Começamos a comer que nem dois animais famintos.
A lasanha estava muito deliciosa!

-Meu Deus eu preciso de mais! Halle falou de boca cheia e eu comecei a rir.

-Você deveria comer coisas mais saudáveis. Fomos  interrompidas pela voz de Allan. Que deveria ter acabado de chegar.

-Eu estou grávida e não doente. Halle falou e se retirou da mesa indo em direção às escadas.

Olhei para Allan com uma expressão de decepcionamento e ele revirou os olhos se retirando logo em seguida. 

E só sobrou eu.

Levantei e comecei a arrumar a mesa e logo depois fui lavar os pratos! 

Depois peguei um pote de sorvete e fui para o meu quarto que é separado de Allan, gora que Halle sabe toda a verdade. 

Liguei a TV e coloquei um dos vários filmes que passavam por ali.

[...]

Escutei alguém bater na porta e pedi para que entrasse.

-Bel, sua irmã Emily esta aqui e está chorando muito! Halle pronunciou e eu pulei da cama e logo desci as escadas parecendo um flesh. 

Cheguei a sala e vi Emy chorando e logo fui até ela e lhe perguntei  o por que chorava tanto.

-È a mamãe Bel, ela está no hospital e parece que é sério dessa vez, a ambulância a levou rapidamente e nem tive tempo de nada. Ela falava e soluçava. 

Corri e peguei a chave do meu carro e logo a chamei e partimos eu ela e Halle para o hospital.

Cheguei no hospital e as lágrimas já embaçavam meu olhar. 

-Estou  a procura de uma paciente que deu entrada aqui em estado grave, o nome dela é Roselin Miller! Falei de um modo desesperado a recepcionista do hospital.

-Se acalme senhora, irei procura nos arquivos pela paciente. Ela disse e começou a olhar no computador.

-A sra.Miller está em sala de urgência, ainda não temos noticias pois o estado dela é muito grave, tem que esperar o médico, sente-se e aguarde senhora. Ela falou calma.

-Você acha mesmo que eu posso me ACALMAR quando minha mãe está em estado grave em uma sala qualquer desse hospital??? Falei gritando com desespero e logo senti braços me segurarem e vi que era Allan.

-Me solta seu paspalho, idiota! Gritei e ele nem me deu ouvidos e me tirou dali.

Sentamos em um dos sofás da recepção, ao lado de Halle que consolava minha irmã Emily.
Tomei um copo de água que Allan trouxe para mim e me acalmei um pouco.

[...]

Já faz uma hora.
Uma hora que estou a espera de minha mãe, uma hora que estou orando e pedindo a Deus misericórdia, uma hora que que as lágrimas não param de rolar e o coração não desacelera.

-Olha o doutor vindo em nossa direção! Allan falou e eu olhei para frente e vi realmente um médico vindo.

Nem esperei ele chegar e fui até ele correndo.

- Minha mãe doutor? Cadê ela? Como ela está ? Perguntei.

Ele olhou para baixo como se não soubesse como me dizer algo! Não pode ser !

-Sra. Medeiros eu sinto muito mais sua mãe não resistiu, tentamos reanimá - lá mais ela não reagiu. Ele falou e tudo pareceu desabar naquele momento.

Sai correndo dali,  querendo que tudo fosse apenas um pesadelo que terminaria logo e eu iria acordar e encontrar com minha mãe.

Liguei o carro e corri até minha antiga casa antes de me casar.

Assim que cheguei entrei e fui direto para o quarto da minha mãe e lá eu finalmente pude me sentir mais perto dela. Me agarrei ao travesseiro e chorei até não ter mais forças.

Olhei para sua estante e lá vi um papel dobrado de uma forma delicada como se fosse uma carta.
O peguei e vi que era para mim.

Dizia:

"Querida filha, se você encontrou essa carta então provavelmente eu parti dessa vida para outra.
Filha, eu sentia que não iria durar muito tempo mais por aqui, meu corpo estava desfalecendo e eu podia sentir que era minha hora. Então escrevi essa carta para me precaver caso não pudesse me despedir de você que sua irmã ainda mora comigo.
Querida, não fique triste , eu vou para um lugar melhor, o céu! Eu queria que você soubesse o quanto eu lhe amo, e por que te amo eu lhe digo que lute por Allan. Ele é um bom rapaz, e você o ama então não desista pelos obstáculos que com certeza virão
Meu amor, quero que você cuide bem da sua irmã e fique sempre sempre com ela pois ela irá precisar muito de você. estou me sentindo mais fraca a cada frase que escrevo, as minhas lágrimas vão deixar o papel um pouquinho molhado, mas não repare. Não se esqueça que Deus sempre estará ao seu lado minha flor e siga sempre os caminhos dele.
Deus sempre nos ouve, não se esqueça disso.
A mais uma coisa, Allan é  mesmo muito lindo como você disse.
Beijos minha querida, não de esqueça de que eu amo você minha flor!
Ass:Mamãe."












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