Energia... Aura... Magia... Alma... Criação... Essas assuntos dançavam Macarena na minha cabeça interruptamente. Senti o mundo girar a minha volta então fechei os olhos e abaixei a cabeça, e só por garantia minha mão apertou a mesa com mas força, vai que eu tenho essas labirintites da vida e me esparramo no meio da sala de Jack? Podem até achar exagero de minha parte, alguém que viu um demônio nascer, espíritos lendários e Shinigamis, mas eu não estava de todo bom naquela manhã, havia tido um ataque de pânico na noite passada.
-Josh, você está bem?
-Sim, só não era a melhor hora pra receber informações bombásticas.
-Aconteceu alguma coisa enquanto eu estive dormindo?
-Não, Alice está bem, foi viajar com os pais. Mas a versão ana da Viúva Negra sumiu depois que deixou você aqui, hibernando. - Ele gargalhou.
-Se ela te escutasse, ia fazer você em dois. - Disse ele limpando uma lágrima solitária que brotou em um de seus olhos de tanto rir do novo codinome da ruiva. Ele estava descontraído, mas aquela história realmente não desceu bem. E eu ainda tinha varias dúvidas.
-Jack, porque estava lutando com aqueles monstros na escola? -Acabei com o clima.
-Eu acho melhor a gente explicar tudo pra você juntos.
-Todos querem ver a cara que eu vou fazer? -Ele gargalhou mais uma vez.
-Também, mas seria melhor estarmos todos juntos, para não travar sua cabecinha. - Ele disse num tom fraternal, bagunçando meus cabelos. Revirei os olhos, as vezes ele me trata que nem criança e isso me dá nos nervos. Mas, por hora, vou me acalmar, talvez ele tenha razão, melhor tirar minhas dúvidas com todo mundo de uma vez.
-Tudo bem - Bufei. Meu segundo nome é paciência, o primeiro é sem. O estrondo que foi ouvido parecia um raio, e não daqueles de chuva branda, que assustam as criança, parecia-se mais uma premonição apocalíptica.
-Você deve estar com muita fome depois de todo esse tempo dormindo, né? -Sim era Jack
-Eu nem vou tentar negar o que a minha barriga deixou em evidência. - Ele ficou vermelho como um pimentão. Eu ri da sua situação.
-Estocou comida para a hibernação?
-Infelizmente não - Disse rindo.
-Deixa que eu cozinho pra você. Mas fica me devendo uma.
-Eu fico devendo todas para se for pela sua comida. - Ele disse salivando. Eu limitei-me a rir de nervoso, não sei receber elogios.
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O sol brilhava majestosamente banhando toda a paisagem com lindos raios dourados e quentes. Quatro da tarde realmente é a hora mais bela do dia. Eu estava em cima de um prédio abandonado na periferia, umas meia hora de caminhada até meu apartamento. Me deliciava com a paisagem ao som Florence and the Machine, umas das minhas bandas preferidas de indie rock. E realmente me impressionava como aquela música descrevia tão bem o momento da minha vida que eu estava passando. Dog Days are Over, essa música combina muito comigo, ela me descreve em vários momentos que vivi, tantas malas carregadas que eu larguei em uma estação qualquer. Tive de superar muitas coisas para estar aqui hoje, e esperava fazer isso de novo com a morte de Emile, eu sei que sua morte não foi o seu fim,porém ela era uma irmã, eu não conseguia vê-la de outra forma, eu não deveria ter feito tudo da maneira que fiz, o jeito como a maguei, e ela já tinha tantas cicatrizes... Ruby alega veementemente que ela está ótima no inferno, como um demônio. Mas eu duvido que o inferno seja um lugar legal.
Pensei que depois de tudo que eu passei com meus pais, toda a provação do mundo tinha acabado, e, de alguma forma, o suicídio dela me lembrou de que minha vida está só começando, e os problemas também. É claro que eu sempre soube que enfrentaria outros problemas, mas que estaria pronto pra eles e esperava que eles envolvessem magia e seres e extra dimensionais. Pensei que seria mais fácil, pensei que era mais normal, o meu normal meio distorcido, mas normal. Um mortal normal. Digerir essa história não está sendo fácil. De repente a paisagem tinha perdido toda a beleza e a música se tornava irritante aos meus ouvidos. Desliguei a playlist e me sentei no chão. Suspirei para o monte de escombros que me cercavam no alto do prédio e fiquei encarando um como se ele fosse o culpado de toda a confusão que é a minha vida. Queria ser ele, sem me preocupar com nada, só ficando ali, quebrado e parado no chão, sem nada pra atrapalhar o seu estado de destruição. Que inveja desse pedaço de cimento inanimado. Suspirei novamente, e para interromper meu momento de melancolia, o telefone começa a tocar, anunciando uma chamada de Jack. Só podia ser ele pra atrapalhar minha bad. Atendi:-Oi, espero que seja uma coisa muito, muito importante para você interromper minha melancolia das quatro da tarde. - Disse em um tom presunçoso.
-Onde você está Josh? - Soa preocupado.
-No hospital abandonado, porque tanto desespero? Calma o coração.
-Você sumiu da escola, não te achei em lugar nenhum, pensei que algo pudesse ter acontecido.
-Calma, cara. Eu só matei aula.
-Você sabe muito bem o motivo de eu estar tão preocupado. Agora você sabe o que é, e sabe que outras pessoas virão atrás do seu poder. Como aconteceu da última vez. - Jack agora deu pra ser super protetor, me erra, eu sempre soube me virar. To vivo.
-Você diz como se fosse o fim do... - Sim, seria o final do mundo. Droga.
-Você sabe tanto quanto eu que o final da frase é verdade.
-Tá, tá. Eu to bem, era só isso? Posso voltar pra minha bad?
-Não trate isso como se não fosse nada, você sabe o quanto me preocupo. - Com o que vai acontecer com o mundo se meu poder cair em mãos erradas. Desliguei o telefone. Eu posso não saber de toda a verdade ainda, mas não sou burro. Na hora nem me dei conta. Jack combateu aquelas criaturas não para me salvar, foi
para não morrer. Esse tempo todo eu pensei que Jack era meu amigo. Mas agora eu vejo tudo. Vejo todos.
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Onde Encontrarei?
AléatoireSe você estiver entre a beira da morte e uma garota ruiva dizendo que você pode viver, escolha a morte.