Capítulo 14 - "Novo, ainda assustador"

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FUI DESPERTANDO QUANDO COMECEI A senti certo peso sobre o meu corpo. Eu estava de bruços e Michael estava com uma perna sobre as minhas e com um braço nas minhas costas, jogando a metade do seu peso. Fiz careta. Ele era muito pesado. Tirei seu braço e sua perna devagar, jogando-os para o lado, ele nem despertou até eu começar a levantar, mas fui impedida quando ele segurou no meu braço e me puxou de volta para a cama junto dele, de modo que fiquei cara a cara com o seu peito nu, sentindo a calidez reconfortante do seu corpo atrativo.

— Michael, já é manhã. Precisamos trabalhar. — Eu disse ainda um pouco sonolenta.

— Hum... — Resmungou ao abrir os olhos e me encarou. — Você é realmente uma gracinha de manhã. — Disse com a voz rouca e profunda.

— Está delirando?

— Hã-hã. — Negou com a cabeça. — Só mais cinco minutos. — Voltou a fechar os olhos.

— Você ainda tem que ir para casa. Ou vai mesmo trabalhar com a mesma roupa? — Desvencilhei-me dele, me pondo de pé.

— Relaxa... Relaxa... Eu vou pra casa. — Disse com a voz preguiçosa.

Eu já estava ficando cansada de tentar despertá-lo.

— Michael! — Alterei um pouco o tom da minha voz.

— O quê? Por que está tão barulhenta? Hum?

Esse cara realmente... Aishi... Resmunguei e estalei a língua nos dentes. Peguei o meu travesseiro e bati nele, que logo despertou.

— Whitney! — Disse no tom de reprimenda, sentando-se na cama.

— Isso foi para você não se atrasar. Você é o diretor, lembra?

— E você me deixa esquecer? — Retrucou sarcástico.

— Anda logo, vai, pra você não se atrasar.

Ele fez cara de amuado, se levantou e vestiu a sua camisa.

— Como se atreve a expulsar o seu diretor? — Foi resmungando, rumando para o banheiro, e logo saiu de lá com a sua calça que deixara na noite anterior. — Mulher malvada.

Ele sentou-se na minha cama para calçar os sapatos. Levantou-se, passou a mão nos cabelos revoltos e me jogou uma olhada. 

— Estou indo, tá legal? — Disse apontando o dedo para mim.

— Certo! — Tentei mostrar indiferença.

Ele disfarçou um pouco olhando para os lados, esfregou a mão na nuca e voltou a me encarar.

— Estou indo.

— Hurum. — Balancei a minha cabeça.

Ele passou por mim e saiu do quarto, e eu fui atrás. Descemos as escadas e paramos perto da porta.

— Por que parou? — Indaguei.

— Por quê? Como assim "por que"? Eu quero um beijo.

Arqueei minhas sobrancelhas.

— Deixe de brincadeira e se apresse para não se atrasar.

— E quem é que está brincando? — Disse com seriedade.

Fiquei encarando-o sem ter o que responder.

— O que você quer em troca de um beijo?

— Você é realmente... — Resmunguei sorrindo — Hum... Deixe-me pensar. Que tal dar outro instrutor para a doutora Mota.

Resistindo às Tentações - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora