Capítulo 2 - Confusa

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Acordei e demorei alguns segundos para abrir os olhos com medo do que poderia encontrar, abri o olhos e percebi a visão embaçada, pisquei algumas vezes e quando me dei conta do que estava vendo corei quase que imediatamente. Diante de mim estava um cara lindo de morrer e para piorar, sem camisa. Ele percebeu que eu estava acordada e começou a me perguntar coisas que não dei atenção porque estava ocupada admirando o seu físico perfeito. Voltando a realidade, me sentei e olhei ao meu redor. Concentrando meu olhar para a madeira velha e a mesa que fui posta deitada quando senti uma batida leve em minha cabeça e virei para olhar novamente o homem ao meu lado.

-Puta merda, além de tudo você é surda garota?-Disse ele de maneira pouco gentil.

-Ah... oi, não sou surda, só estou um pouco confusa. Quem é você?

-Hahaha, to mais interessado em saber quem é você.

-Sou a Daya.

-E por quê diabos você estava conversando com a Ana?

-Quem?... a sim, Analise certo? Na verdade ela que estava conversando comigo, eu vi uns infectados e corri para a floresta. Dormi um pouco em uma árvore e ela me chamou e fui ver o que ela queria. Depois fui atingida na cabeça, foi por você?

-Infectados!?-ele aumentou seu tom de voz e se levantou da cadeira- Onde você os viu?

-Perto de um celeiro.

-Como assim? Seja mais específica.

-Eu estava caminhando procurando um lugar para passar a noite e na parte de trás de um celeiro, vi 3 corpos deitados na grama.

-Sua estúpida, éramos nós.

-Nós quem? Aliás, não me lembro de você me dizer seu nome!

- As pessoas que andam comigo lógico. E meu nome é Adriel sua invasora de propriedade.- eu olhei com as sobrancelhas arqueadas, ele devolveu meu olhar e ficamos nos encarando por alguns segundos até que ele quebrou o silêncio - Você vem comigo ou prefere tirar mais um cochilo?

Hesitei um pouco e assenti com a cabeça. Ele estendeu sua mão e eu a segurei, caminhamos até sair do que eu percebi ser uma sala de jantar. Passamos por vários cômodos que eu não prestei atenção e chegamos a varanda. Após me acostumar com a luz vi 4 pessoas no jardim, a pequena Ana sentada com cara de emburrada sem olhar para mim, dois homens, um com aparência de uns 30 anos, outro com uns 19 e uma mulher com os braços cruzados.Ela me lembrou aquelas universitárias convencidas que eu via quando ia visitar meu irmão na faculdade. Todos exceto Ana eram diferentes de Adriel. Ele tinha cabelos negros e jogados para traz, uns 1,75 de altura e olhos castanhos, Ana era bem parecida com ele, impossível não notar que ele era o tal irmão dela.

Adriel pós o braço direito ao redor do meu ombro e me guiou para aonde todos eles estavam próximo.

-Essa... - começou a mulher me olhando de cima a baixo e concluiu: - ...garota, vai ficar com a gente? Ela não parece que vai ser muito útil. Além disso, cheira mal.

-Calma Fabi, ela só provavelmente não tinha lugar para se limpar, estava sozinha, deixe ela - Disse o homem mais velho.

-Só estou querendo dizer que ela pode ser um peso, nós temos levado uma vida divertida aqui.

-Bom, se ela quiser ficar, ela pode. Eu gostei dela. -Disse Adriel descendo sua mão e indo até minha cintura, não pude evitar de corar.- Deixe eu apresentar você a nossa pequena família. Todos eles vão te tratar muito bem querida.

Ele foi apontado para cada um deles e falando seus nomes, a mulher: Fabi. O jovem: Jonathan. Terminando no homem que estava com um enorme sorriso: David.

-Prazer, quantos anos você tem Daya?- disse David ainda com um sorriso exagerado no rosto.

-Eu tenho 16.

-Você tem família? Gostaria de ficar conosco?

-Eu tinha apenas minha avó e meu irmão.Minha avó estava velha e morreu quando uma daquelas coisas bateu na nossa porta e ela não estava com forças para lutar mais, eu estava no quintal e não deu tempo de ajudar. Não vejo meu irmão tem mais de 1 ano, e tive notícias dele a 10 meses. Então agora não tenho ninguém, acho que gostaria de ficar, pelo menos por enquanto.

Ele aumentou ainda mais seu enorme sorriso.

-Isso é bom sabe? Vamos dar uma festinha, nosso querido Jonathan tem algumas ervas, coisa boba mas ajuda a relaxar, vai querer?

Só nessa hora Adriel que até aquele momento mantinha as mãos em minha cintura se afastou para olhar nos meus olhos, percebi que na verdade todos eles estavam me rodeando e esperando minha resposta com ansiedade.

-Ah...porquê não?

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Depois de Adriel deixar Ana no celeiro, todos juntos entramos dentro da casa só que Adriel, David e Fabi foram se espalhando pelos cômodos deixando eu e Jonathan sozinhos, ele se sentou e me convidou a sentar no sofá junto com ele, não demorei muito para o acompanhar, ele chegou mais perto e me entregou o cigarro aceso. Então eu disse a ele:

-Eu nunca traguei entende?

Ele chegou ainda perto e me ensinou como fazia. Peguei o cigarro da mão dele e levei a boca, no início era ruim, depois foi melhorando. Estávamos próximos a alguns minutos e percebi ele colocando sua mão em minha coxa, afastei a mão dele e o dei um sorrisinho tímido.

-Bom Daya, talvez você queira tomar um banho, o banheiro é na segunda porta do corredor à direita. Temos água saindo do encanamento, gelada, mas está calor, você não deve se importar muito. Vamos ficar esperando você, o efeito demora uns 15 minutos para começar então seja breve durante o banho.

Dei mais um sorrisinho que ele retribuiu só aí percebi que ele era bonito. Fui até o banheiro e comecei a tirar a roupa.

Depois de uns 7 minutos sai do meu banho gelado, quando olhei para minhas roupas me lembrei que infelizmente,minha mochila com as minhas coisas caiu no rio e não consegui pegar. Já ia vestir as mesmas roupas quando Fabi foi abrindo a porta do banheiro. Vendo que me encolhi quando ela entrou, deu um sorriso.

-Calma garota, só trouxe umas roupas para você. Como é magrinha, isso aqui deve servir.

-Ah tá bem, obrigada.

Ela saiu e eu vesti a roupa, era uma camiseta e um short. Serviu apesar de Fabi ser mais curvilínea que eu. Coloquei meu tênis gasto no pé e sai do banheiro, procurei por todos e acabei os encontrando na sala de jantar, em cima da mesa havia várias garrafas de bebida e um rádio que é de energia a pilha. Adriel estava de com uma blusa azul e sorriu quando me viu. Colocou um cd no rádio e o aumentou ao máximo, nessa hora comecei a sentir os efeitos do que havia fumado, pisquei e todos eles já estavam dançando na pouca luz do ambiente, tinha umas poucas vela para iluminar o entardecer, todos estavam dançando e eu só parada aproveitando a leveza de meu corpo até que o Adriel me puxou para bem perto e cochichou várias palavras que eu não estava entendendo, disse isso e ele simplesmente gritou: DANCE. E eu dancei, bem agarrada a ele.

*Nota da autora: Bom gente, eu escrevi mais do que pretendia mas espero que gostem de verdade, é mega importante para mim então por favor, dêem estrelinha e comentem para eu continuar a escrever ❤

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⏰ Última atualização: May 24, 2016 ⏰

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