Capítulo 2

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Eu adoro chocar as pessoas, e com toda a certeza nada é mais chocante do que você ser uma mulher que tem um posto real em clube de motoqueiros

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Eu adoro chocar as pessoas, e com toda a certeza nada é mais chocante do que você ser uma mulher que tem um posto real em clube de motoqueiros. É bastante satisfatório ver as caras chocadas das pessoas quando eu digo que sou sargento de armas dos Dragons MC. Eu lutei muito essa posição ali dentro. Ninguém queria aceitar uma mulher participando das atividades do clube muito menos tendo um posto elevado como o meu, porém eu não dei a eles nenhuma alternativa, eu forcei a barra até que nenhum deles tivesse algum argumento para impedir meu status no clube. Fui chamada de neurótica, obsessiva e muitas outras coisas devido ao meu foco para alcançar meu lugar dentro do clube. Muitos achavam e ainda acham loucura todo o meu esforço para apenas ter um lugar de respeito, mas nenhum desses sabe como foi minha vida e tudo o que eu passei, se soubessem eles com certeza entenderiam.

Eu sou órfã, e como toda menina órfã eu sempre sonhei em ter uma família. Desde que eu era bebe eu vivi em um orfanato, e não era um orfanato qualquer, era um lugar muito sinistro chamado St. Vladmir, um orfanato só de meninas que era dirigido por freiras. Era para ser um lugar adorável com irmãs amáveis, mas as freiras seguiam o exemplo da sua madre superiora, Helen Kirova, e eram extremamente cruéis, sofríamos abusos físicos e psicológicos e eu posso afirmar que os abusos psicológicos são piores que os abusos físicos, você cresce acreditando em cada crueldade dita para você quando criança. E foi justamente por causa de frases como, "você nunca vai conquistar nada e jamais será alguém importante, você não é nada", que eu resolvi que iria ser alguém sim e que quando eu fosse alguém eu iria esfregar isso na cara daquelas malditas madres. E foi isso que eu fiz, assim que consegui meu posto no clube eu usei toda a minha influência para fechar aquele orfanato, eu descobri que as madres sempre inventavam que as meninas tinham algum problema, físico, mental ou qualquer outro, e por esse motivo nenhuma jamais foi adotada, eu tornei público os abusos que as crianças sofriam lá e tive o prazer de ver cada uma daquelas velhas nojentas serem excomungadas.

Minha vida no clube curou qualquer trauma que eu sofri na infância. Eu conheci os Dragons através da minha melhor amiga Lissa. Nós duas estudávamos juntas e eu sempre ficava com inveja da sua grande família que a protegia de tudo e todos. Quando eu comecei a crescer e entender o que era o clube eu já tinha como o objetivo me juntar a ele e quando eu fiz dezoito anos e me vi livre do orfanato eu pedi ao pai de Lissa, Erick que também é o presidente do clube, para virar um prospecto. Ele riu, e quando eu disse a ele meu desejo de ser parte de algo ele sorriu carinhosamente e me disse que eu era filha dele no coração e que já fazia parte daquela família. Eu insisti e por gostar muito de mim ele me deu o papel de prospecto, e minha missão para provar meu valor era "proteger" Lissa na faculdade. É claro que Erick esperava que eu tomasse gosto pelos estudos e decidisse criar uma carreira. O que ele não esperava era que Lissa sofresse uma tentativa de sequestro e que eu a salvasse sozinha. Depois da minha proeza ele n]ao teve opção a não ser me aceitar como membro efetivo do clube, o que causou uma grande comoção, muito estresse, vários testes para provar que eu era capaz e por fim eu esfregando na cara de todos que sim eu sou uma mulher mais capaz do que muitos homens.

E por causa de tudo o que eu passei eu acredito estar no direito de me deleitar ao ver a cara de chocados que as pessoas fazem ao saber o que eu sou, e é isso que eu estou fazendo neste momento ao ver a cara de pastel que o grande Dimitri Belikov, o futuro capo da máfia russa.

—- Bem, eu não esperava por isso – Dimitri diz um pouco confuso, o que me faz sorrir ainda mais abertamente, o cara ao lado de Dimitri parece estar com a mente bem longe, os seus olhos não saem do meu decote, o que me irrita profundamente e me dá uma enorme vontade de socar sua cara. – Já que é assim vamos falar de negócios – Ele completa dando um sorriso torto super sexy.

—- Se você pedisse ao seu subordinado para parar de babar em meus seios eu falarei de negócios com prazer, mas nesse momento eu estou muito tentada a arrancar os lindos olhos verdes que ele possui. – Eu digo sorrindo sarcasticamente. Dimitri dá um solavanco no homem e fala algo em russo, seja lá o que ele disse deixou o rapaz lívido e o fez se levantar rapidamente para aguardar Dimitri do lado de fora do local.

—- Muito bem – Dimitri emenda após saída nada discreta do babador de seios – Vamos negociar agora. Que negócios um pequeno clube de motoqueiros tem a oferecer a grande máfia russa. – Ele fala em um tom bastante arrogante e eu geralmente detesto pessoas arrogantes, mas por incrível que pareça eu acho a arrogância dele um tanto sexy. Acho que isso vem devido ao fato do cara ser um russo para lá de gostoso com um sorriso sacana e um sotaque molhador de calcinhas.

—- Bem Senhor Belikov, nosso pequeno clube se atentou de alguns rumores sobre a grande máfia russa. E esses rumores eram sobre a máfia estar em busca de território em nossa adorada pátria. – Eu digo eu um tom tão arrogante quanto o dele.

—- E o que o pequeno clube tem a ver com os negócios da máfia? Por acaso não estão pensando em tentar nos impedir de fazer algo? – Ele diz com uma sobrancelha arqueada e pelo amor de Deus, isso deixa o homem ainda mais sexy.

—- Jamais – Eu digo em um tom divertido – Somos inteligentes, e temos muitos aliados e é claro que queremos ainda mais aliados e uma grande máfia seria um aliado poderoso. Antes que me pergunte o que temos a oferecer, lembre-se que os italianos já têm algum território no nosso pais, sabe que a vinda dos russos para os Estados Unidos irá gerar uma comoção. Se a sua máfia tiver os Dragons e os aliados deles, que como eu disse não são poucos, os italianos pensariam muito bem antes de arranjar confusão. – Eu termino meu discurso e Dimitri me olha admirado, ou algo parecido com isso.

—- Devo dizer que isso faz sentido, já estava me preparando para ter alguns problemas com os italianos, mas essa jogada do seu presidente realmente ajudaria ambos os lados. – Ele diz e eu abro um sorriso.

—- Eu sei que é uma boa jogada, mas a ideia não foi do meu presidente e sim minha, por isso estou aqui hoje, eu é que vou negociar com você os detalhes da nossa parceria – Eu digo e me satisfaço com seu olhar surpreso que logo é substituído por um sorriso predatório cheio de promessas que nada tem a ver com o assunto que estamos tratando.

—- Vai ser um prazer negociar com você Roza.

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⏰ Última atualização: Jun 25, 2016 ⏰

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O HOMEM DA MÁFIA [Retorna em Janeiro]Onde histórias criam vida. Descubra agora