No fim, quando todos iam embora, era apenas Jeongguk que restava, não era o modelo Jeon que tinha que lidar com a solidão e a constante reafirmação de que precisava cuidar da sua aparência.
Se tornou modelo ainda criança, e agora já adulto, t...
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"Qual deve ser a cor original das ondas?
Quando elas quebram, são brancas
Você ficou bem quando estava à deriva?
Você não pode ficar aqui como uma pedra?"
— Don't - eAeon (feat. RM)
Jeongguk se sentia vazio, tanto emocionalmente quanto fisicamente, quando estava sozinho em momentos como aquele, não restava nada além dos cacos do menino bonito que é. Já se sentindo fraco, direcionou o olhar para o que considerava ser seu almoço, e talvez parte da janta do dia anterior, que agora jaziam na privada a sua frente onde estava ajoelhado. Despejou toda a comida para fora por pelo menos três vezes, ou até sentir sua barriga estar leve, ou seria apenas o fardo de odiar o próprio corpo que deu uma trégua por alguns instantes.
Desta vez não foi tão difícil como vinha sendo das outras vezes que tinha feito a mesma coisa, sentia que estava se acostumando, que seu corpo estava lendo aquilo como algo necessário para se sentir melhor. A voz insistente dizia que aquilo era bom, que só estava garantindo que tudo estivesse perfeito e seu coração, cansado de doer, apenas batia fraquinho.
Ao dar descarga se levantou devagar, tendo que apoiar nas paredes ou móveis mais próximos temendo que perdesse o equilíbrio e algo pior acontecesse, tinha medo de se machucar como qualquer outra pessoa que depende da aparência no trabalho.
Enquanto seguia novamente para a balança, se sentia um tanto ressentido consigo mesmo, mas deixou isso de lado para subir logo no objeto, desta vez sem precisar preparar o próprio psicológico para ver o resultado. E ao ver o marcador digital, uma onda de alívio o tomou, estava bem. Tinha perdido aquilo que o incomodava, era esperado perder mais um pouco com o próximo jejum. Logo pegou o que chamava de ''companheira'' da balança, a fita métrica. Circulou a própria cintura com pressa, já fazia aquilo tanto que era quase um instinto e pronto: "Perfeito", Jeon pensou. Estava dentro do permitido, aproveitou para levantar a blusa que vestia até o meio da cintura satisfeito com o que via no espelho ou talvez nem tanto assim.
— Nunca é o suficiente, mas por hoje,sem paranoias. — Sussurrou consigo mesmo.
A parte mais racional de seu cérebro o alertava que deveria por limites em si mesmo, que estava indo longe demais, mas não conseguia dar atenção a isso, não quando conseguia respirar em paz vendo que as suas curvas estavam bem-marcadas e alguns gominhos eram visíveis em seu abdômen, era isso que esperavam de si.