Os Kindred's

5 0 0
                                    

Nós nos arrumamos e saímos para o teatro. Não ficava tão longe, eram apenas 20 minutos de ônibus. Como eu ainda não havia tirado a carteira de motorista tinhamos que ir de ônibus. Eu achava meio contrangedor ter que sair de ônibus com minha namorada, mas depois de 2 anos de namoro já estavamos acostumados. A Milena não era uma pessoa que ligava muito para essas coisas de condições financeiras certa vez ela até me falou "estando ao seu lado nada mais importa". Naquele momento eu sabia que nosso amor estava eternizado.
Chegando no teatro rapidamente entramos, o show começou 2 minutos após nos acomodar-mos.
A peça se chamava "Os Kindred's". Começou com um homem, o cenário estava meio escuro e o fundo parecia ser um céu noturno lotado de estrelas. De fundo dava pra ouvir vozes de dois seres conversando enquanto mais atores entravam no palco. Me concentrei mais no que as vozes de fundo falavam,elas narravam um diálogo.

-Ovelha, conte-me uma história!
-Em outrora, um pálido de cabelos longos e negros vagava sozinho.

Homem ao qual eles se referiam certamente era o personagem principal ao qual havia entrado primeiro no palco

-Por que ele estava sozinho?
-Por que tudo o que existia precisava encontrar aquele homem, então todos afastaram-se dele!
-Ele perseguiu tudo?
-Ele dividiu-se em dois com um machado!
-Para que sempre tivesse um amigo?
-Para que sempre tivesse um... Amigo!

Todos os atores começaram a andar em torno de um lobo e uma ovelha enquanto no fundo uma outra voz fazia uma narrativa que me chamou muito a atenção.
"Destintos, mas nunca separados. Unidos, sempre entrelaçados. De vários nomes incertos eles são indentificados, conhecido como Kindred assim são chamados. Norte e sul, leste e oeste, Infernal e ao mesmo tempo cesleste. O ato final e prestigiado, unidos o bem eo mal lado a lado, o mistério da vida assim se encerra, na ponta da flecha ou pelo mordida severa. Para que ele sempre tivesse alguém ele se dividiu, a solidão não mas o parava,assim se decidiu. Caçadores que vagam por toda a terra."

O ato se encerra deixando um clima melancólico, enquanto as cortinas se fechavam o narrador deixa uma frase de encerramento,"abraçar a vida é o mesmo que aceitar a morte".
Naquele momento tive um mal pressentimento, olhei para Milena que ainda parecia estar olhando encantada com o espetáculo e sentir-me na necessidade de falar que a amava,porém não queria interromper ela. Segurei em sua mão e falei mentalmente a mim mesmo,"sou o cara mais sortudo do mundo".
Depois daquilo resolvemos sair, já era umas 21:00 quando resolvemos ir lanchar no Subway.

Memórias PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora