Capítulo 3

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Boate Kiss Day


A boate está lotada.

Estou vestindo uma calça jens levemente surrada, uma camisa branca gola V e uma jaqueta de couro por cima. Para ser sincero me sinto desconfortável e deslocado, já faz muito tempo que estive em um lugar assim, apesar que não estou aqui para descontrair, e sim, para colocar meu plano em ação.

Meu alvo? Senhorita Liza Alcântra! Que nesse momento dança na pista. Como sei disso? Andei estudando-a muito; seus passos, horários e rotina. Ela não sai muito, ou até agora não teve está oportunidade.

Durante trinta dias apenas escutei suas intermináveis ligações noturnas. Sim, eu grampeei seu telefone, e sim, eu monitoro suas ligações. Isso me favoreceu em muitos aspectos um deles é que descobri que Eduardo está no Brasil e que Amanda sua melhor amiga está em um relacionamento com ele.

Ela se diverte no ritmo da musica. Ela estava saindo pela primeira vez com uma colega da faculdade e que morava no mesmo prédio que ela.

— Você ainda sabe como chegar em uma mulher, não é? — Patrício pergunta falando perto do meu ouvido. A musica eletrizante e alto era um convite claro. O ritmo era tão envolvente que mesmo em pé ali olhando ao redor minha perna se mexia como se tivesse vida própria.

Patrício é o mais novo da turma e meu melhor amigo, tem pinta de badboy e veio comigo para me ajudar.

— Acho que estou meio enferrujado. — respondo com sarcasmo.

Encaro Liza, que dança livremente na pista.

— Elas não vão se aproximar da gente Gael, temos que ter a iniciativa, vou chegar na amiga e você chega no alvo. — sussurra e apenas concordo com um aceno de cabeça.

Termino minha bebida antes de avançar.

Patrício se espreme no meio das pessoas dançando enquanto passo, vou me esquivando e passando entre as pessoas. Chegamos ao meio da pista e Patrício já investe na amiga de Liza, fico ali parado como um idiota. É inevitável não reparar nas curvas de ela tinha e como é bonita e provocante sem contar que é jovial.

— Ajude meu amigo a dançar — Patrício grita para ela — Ele não sabe como está ridículo parado ali — aponta para mim e ela me olha meio receosa — não o deixe parecendo um idiota.

Ela não se próxima e a encaro. Vamos lá Gael você precisa conquistá-la. Indo contra o que acabei de dizer viro-me e sigo em direção ao bar novamente. Sinto um leve toque em meu braço.

— Ei, tudo bem? — A voz totalmente feminina é forte e clara apesar da musica alta.

Olho em direção a sua mão e fico paralisado absorvendo a corrente elétrica que aquele contato dá. Sem sentido algum meu coração entra em disparada. Não me lembro da ultima vez que ele ficou tão vivido. Respiro fundo e entro em modo automático.

— Oi. — digo abrindo um sorriso sem graça.

— Não quer tentar dançar? — pergunta.

— Não sei dançar! — respondo.

— Eu te ensino. — ela me puxa pelo braço me levando novamente para o meio da pista.

Quando eu passo por Patrício ele me puxa e sussurra em meu ouvido. — Apenas encene, você precisa fazer isso! — suas palavras me despertam, sim eu realmente precisava fazer o meu melhor para usar está mulher. Ela se posiciona a minha frente colando a parte de trás do seu corpo na parte da frente do meu, puxa minhas mãos colocando-as em sua cintura e encosta sua cabeça em meu ombro.

GAEL - SUPERANDO ATRAVÉS DA DOROnde histórias criam vida. Descubra agora