Uma Garota Semi Perfeita

Capítulo 1

Estou tentando de tudo para impressionar
Mas é mais fácil deixar você
Dar palpite no resto
Mas você quer ouvir as coisas no meu cérebro
Meu coração
Bem, foi você que pediu

- INTRODUCING ME, NICK JONAS

☆☆☆

Acordar não era meu real desejo em plena sexta-feira. O sol decidiu dar-me "bom dia" antes mesmo que eu relutasse contra sua presença.

Dei uma olhada envolta, notando que tudo estava impecável, da mesma forma que deixei na noite anterior.
Lógico, até porque o furacão Olívia não passou pelo quarto... Ainda!

Dei um leve riso de meus próprios devaneios. Eu deveria estar animada, feliz, saltitando em alegria, pois era o último dia de aula; estávamos às vésperas das férias de verão. Não que eu idolatrasse o verão, tanto porque não é a minha estação do ano favorita.

Meu desejo maior não era levantar-me e ir ao colégio, pois em minha mente, ainda era de madrugada. E realmente era. Olhei para o relógio digital, onde marcava que faltavam poucos minutos para às seis da madrugada... Digo, manhã.

Era um milagre da minha parte conseguir acordar antes do relógio despertar. Como eu ainda tinha três minutos de descanso, fechei os olhos na esperança de conseguir dormir e descansar neste curto período de tempo.

Mas isso de nada adiantou, pois os três minutos se passaram como se fossem segundos, e logo "Good Day" alertou-me de que o dia enfim estava começando, e as seis horas haviam chegado.

"Hoje será um dia bom
Não me importa o que digam
Não preciso de um biscoito da sorte para me dizer como me sinto
Vai ser um dia bom, um dia bom"

Sim, é isso mesmo que vocês entenderam, meu despertador tem um trecho bem incentivador em seus primeiros segundos, e tem uma melodia tão boa que quase me faz esquecer que ele acaba de me acordar de um dos momentos mais sagrados de meu dia: meu sono. Congrats!

Sentei-me na cama e espregicei-me, desligando o alarme, que já estava me dando nos nervos pela cantoria. Por favor, ainda é de madrugada, para de ser feliz.

Levantei-me e caminhei ao banheiro. Peguei minha escova e, por pura sorte, deixei o creme dental cair no chão. Nível de disposição: zero.

Depois de conseguir escovar os dentes - com o creme dental na escova - e tomar um banho digno, vesti o meu uniforme escolar.

Meu uniforme é o tipo padrãozinho irritante, se tratava basicamente de uma saia num xadrez vermelho e preto, meias 7/8 pretas, uma camiseta branca de manga longa e um blazer preto de veludo com o brasão do colégio.

Provavelmente tinham essas vestes por eu estudar num colégio onde o índice de pessoas da alta sociedade era praticamente cem porcento. A educação, ora inglesa, ora americana, definia o método de ensino.

Não era meu maior desejo estudar lá. Queria ser comum como os amigos virtuais que eu fazia em alguns grupos. Estudar em colégios que pode-se ir com a roupa que quiser, ter matérias extracurriculares que não incluem investimentos em futilidades e viver mais livre e desimpedida.

Olhar de um lado a outro e ver seguranças, reforços e vigilantes não era legal; é como viver numa prisão de segurança máxima.