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    É claro que dentro das paredes da universidade eu estava protegido, mas do portão até a porta da minha casa, era um caminho hostil e para ajudar, eu tinha um alvo na minha testa. não demorou muito para que começassem a me seguir, eu sempre notava o comportamento peculiar de algumas pessoas, que ficavam me olhando torto na rua, com roupas desleixadas e na maioria das vezes me seguindo até que eu entrasse em algum estabelecimento apenas para despista-los.

Algum par de semanas depois de tudo aquilo ter acontecido, meu destino finalmente chegou, comecei a ser seguido na rua como já era de rotina, mas nesse dia algo estava diferente - haviam mais deles do que de costume, e em pouco tempo me vi encurralado em um beco, era um atalho para o outro lado da quadra, mas eles fecharam a passagem, e eu não tive o que fazer, fui pego!.

dois deles estavam trancando a passagem, e outros três me fecharam por trás, minha surra já estava bem planejada por eles, e eu caí como um pato.

- Quem são vocês? o quê querem de mim!?

Pergunto com voz amarrada, porém mantendo uma postura calma, a final de contas eu não queria dar a entender que eu estava apavorado naquele momento.

- Você é o Pitt, o garoto que atrapalhou nossos negócios na rua Mason, no outro dia, não é mesmo? bom, só queremos bater um papo, sabe como é né? te conhecer melhor.

Disse um dos caras, com um tom de sarcasmo e deboche. Ele usava uma bandana com um símbolo estranho, que parecia uma gárgula, era alto, forte e de cabelos dourados, mas não se engane, não é de nenhum príncipe que eu estou falando, ele também tinha uma cicatriz na bochecha direita, provavelmente a ganhou em uma briga de gangues por aí.

- Olha, eu não queria ter feito quilo... Foi sem querer, eu não vi que ele estava na minha frente, foi um acidente.

Tento me explicar, na esperança de que funcione e que eu possa chegar em casa inteiro, ou melhor... Que eu possa chegar em casa.

- Ora, não me diga, bom, já que é assim, por que não esquecemos isso e viramos amigos, o que me diz?

Ele diz, obviamente sendo sarcástico novamente enquanto os outros riem da minha cara, tirando pequenas correntes dos bolsos.

- Você nos deve, seu mongolóide! Por sua culpa, o Marcos foi reconhecido e pego no dia seguinte, com uma boa quantia dos nossos... "Produtos".

O homem diz, dando o primeiro passo em minha direção, e pela cara dele e dos amigos dele, acho que ele não queria me fazer carinho. Tento dizer algo para enrolar a situação, torcendo para que alguém apareça, mas já era tarde, de repente recebo o primeiro golpe de uma das correntes nas costas, eu caí no chão assim que recebi o segundo golpe, a partir dali, tudo o que eu vi foi os sapatos deles ao meu redor, e tudo o que eu sentia era a imensa dor de cada corrente atingindo meu corpo, junto com ponta pés, como se as correntes não fossem o suficiente.

Depois de uns quatro minutos de surra, eu ouço a voz de uma garota...

- Ei idiotas, não podemos mata-lo, lembrem-se disso! Ele ainda tem que nos pagar o que deve.

Nesse momento os rapazes se afastaram, e ela veio até mim. Ela usava uma roupa preta, para ser mais exato era um top e uma calça que imitava couro, também uma bota preta. Ela se abaixou perto de mim, e eu pude ver o rosto dela, ela tinha olhos e cabelos castanhos, uma boca carnuda e nariz pequeno, se ela era a chefe do grupo, eu queria fazer parte... brincadeiras a parte, ela me disse algumas coisas...

- Você nos deve doze mil dólares, graças as drogas e armas que a policia achou no apartamento do Marcos por sua causa, eu sei que você não tem dinheiro para pagar por isso, e é por isso que vou deixar você viver, você vai fazer alguns servicinhos para nós até que sua divida seja saldada.

Ela levanta, e da meia volta, naquele momento eu era um saco de carne moída no chão, sem forças para falar.

- Vamos garotos, nosso trabalho terminou por hoje. Ah, quase esqueci... Não conte nada a policia sobre isso, você já tem problemas de mais para resolver não acha? Conhecemos você, sabemos onde e com quem você mora, um pequeno deslize e você não vai nem viver para ver o resto da sua família morrerem também.

Colocando um óculos, ela vai embora com os outros, e eu fico ali sentindo uma imensa dor, e apavorado com o que tinha acontecido, e com o que viria pela frente.

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⏰ Última atualização: May 17, 2021 ⏰

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