m8°: a conversa mais seria da minha vida.

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-Luana, eu já fui jovem também filha, eu entendo que você queira curtir, mas tem que fazer isso com responsabilidade.

-Mas pai! Eu nunca fumei!

-Luana, eu sei que você está abalada com a morte de Daniel, mas as drogas não vão ajudar em nada filha.

-Pai, acredita em mim, por favor-meus olhos estavam marejados- eu não fumei, e-eu fui pra uma festa idiota com Chris e eu não sabia que ia ser assim, por favor pai...

-Tudo bem...eu acredito, agora por favor, vá tomar um banho e tirar esse cheiro de você....

-Obrigada.

Subi as escadas e entrei no banheiro chorando.

-Sabe Lu, você não pode culpar seu pai por achar que você estava fumando.

-Ah, que ótimo Daniel! Por que não joga na minha cara de uma vez que eu deveria ter te ouvido!

-Não vim aqui pra isso...

-É? Então por que veio?!

-Porque eu te amo sua imbecil! ainda não conseguiu notar isso?! Eu te amo mais que a minha própria vida...te amo mais que tudo! Eu poderia estar protegendo a minha mãe agora! Poderia ter aparecido pra ela! Acha que eu não vou lá em casa? Acha que eu não tenho a visto chorar toda vez que entra no meu quarto e percebe que eu estou morto?! Eu estou aqui porque te amo!

Então ele atravessa o banheiro, me agarra e me beija, demorei cinco segundos para me livrar do choque e retribuir o beijo com todo o amor agarrando seu pescoço e o puxando pra mim, ele retribui o beijo me colando no peito e me beijando loucamente.

-Eu também te amo-falei entre o beijo-obrigada por estar aqui.

-Sempre vou estar.

  Assim que Daniel se apercebeu do que havia feito ele voou para a outra parede, ficando o mais longe possível de mim.

-Dan, o que aconteceu?

-Eu beijei você...

-É! Você me beijou...e...?

-Luana, eu coloquei nós dois em perigo agora...eu não...minhas asas podem ser arrancadas por isso.

-O que?! M-mas...

-Já tivemos essa conversa, Lu, eu não posso....

-É verdade, não pode mesmo.

  Eu e Daniel viramos para nova voz e ficamos encarando Jev que aparecera magicamente no meu banheiro e agora estava com os braços cruzados e com o corpo encostado na parede.

-Eu pedi pra ficar longe-Daniel aparentemente estava tranquilo, mas só de ouvir o toque de frieza na sua voz eu fiquei tensa.

-Relaxe Danizinho, meu assunto é com a Carol-ele me olhou e sorriu revirando os olhos como quem dissesse "ciumento" me arrancando uma risadinha.

-Não te quero perto dela.

Ia falar alguma coisa, mas papai bateu na porta do banheiro.

-Luana, com quem você está falando?

-To no telefone pai!

-Ah...certo.

  Por sorte meu celular estava no banheiro comigo, olhei os dois e ambos me encaravam.

-O que?

-Que temos que conversar em um lugar onde o seu pai não veja nenhum garoto no banheiro com você e que não pense que você está ficando doida por estar conversando com seu namorado morto...

Meu amado anjo.Onde histórias criam vida. Descubra agora