INTRO

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Meu primeiro conto pessoal, então sejam doces comigo, enfim, boa leitura e desculpa pelos erros!


                       E lá estávamos nós, eu, Mari e Ric. Mari usava seu vestido com uma pegada mais social e uma cara de "sim, sou recatada e do lar" com tons em preto e branco com um blazer verde por cima, seu pescoço estava em evidencia, já que seu cabelo estava preso em uma espécie de rabo de cavalo, já Ric, fazia a linha despojado, com aquele estilo "me vesti de ultima hora mesmo", usava uma camisa básica sem estampas na cor cinza que combinavam com os seus sapatos. Era festa de encerramento de uma campanha cuja fazíamos parte, não por ser sócios do clube, mas por ter contribuído de forma direta com a mesma, e por isso, receberíamos um premio simbólico naquela noite.

Pessoas bem vestidas, o clube bem arrumado, todos aqueles figurões e suas famílias, por um momento me senti meio fora do meu mundo (odeio gente rica), mas eu ali estava, e se nada desse certo no final da noite eu estaria cheio de refrigerante e salgadinhos. A principio ninguém me pareceu interessante naquele lugar, apesar de lá ter gente dos mais diversos estereótipos, confesso que ainda fui capaz de trocar olhares com uma garota, ela usava uma saia preta e uma blusa com um enorme decote nas costas, mas logo desinteressei, já que no máximo ela devia ter uns dezesseis anos de idade. Nada fora do normal, o cerimonialista ou sei lá como se chama começou a ler suas pautas e chamar gente do lado do vento, 22 anos depois e com muitos salgados já ingeridos por mim, a mesa estava composta. Não via a hora de receber logo a tal homenagem e sair dali.

Depois de muito blá blá blá, e apontar os resultados da campanha, como estávamos numa mesa ao fundo, que ficava perto do estacionamento, não pude deixar de notar um carro chegando um pouquinho atrasado. Não demorou muito para que a mesa vaga que havia ao lado da nossa fosse ocupada. O figurão da vez era nada menos que um empresário dono de uma grande linha de supermercados aqui na cidade e seu filho. Como tudo que queria era ir embora não observei muito o que ali do lado se passava. Foi quando o tal filho do Sr Menezes( o tal dono da rede de supermercados), levantou, agora sim pude observa-lo, alias não tinha como não observar, ele usava sapatos de couro(com certeza era couro italiano), uma camisa na cor azul celeste, aparentando ter no máximo uns vinte anos de idade, carregava no rosto uma barba um pouco torta do lado esquerdo, e um blazer magnífico azul marinho, feito de um material bem interessante, tudo que pensei no momento foi em tocá-lo, quando ele retirou-se, seu celular havia tocado, não demorou muito pra que ele retornasse.

Naquele momento então, parecia que a ocasião começava a ficar interessante, eu realmente me interessei por ele, pelo menos visualmente. Como um bom jogador quando o quesito era conquista, observação era o próximo passo. Consegui até umas rápidas trocas de olhares, confesso que fiquei com um pé atrás, no entanto, não demorou muito pra que ele fosse até o banheiro e um certo alguém o seguisse, se é que me entendem ...

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