Part II

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Esperei na porta alguns dois segundo pra que ele não percebesse que eu o estava seguindo, aguardei até o momento certo, quando escutei os passos vindos em direção a porta, dei uma esbarrada não muito violenta, mas que fizesse com que o contato de nossos corpos fosse estabelecido mesmo sem ter de fato o teste da "pele". Logo após esbarrar não perdi tempo e o assunto começou por aquele maravilhoso blazer azul marinho camurça. Nessa longa conversa que não durou nada mais que uns quase dois minutos nos apresentamos, e logo peguei o telefone dele, se nada desse certo saberia pelo menos onde comprar um daqueles blazers eleganterrimos ou teria pelo menos mais um amigo. Seu nome era Marcel, não perdi tempo e logo mandei um "Oi" para que ele salvasse meu contato, passamos o restante da cerimônia rindo de tudo que acontecia ali.

Logo toda a cerimônia estava encerrada, e assim que a "festa" ia começar, logo vi Marcel se retirando junto a seu pai, preferi não perguntar o porquê de ele ter ido embora tão cedo, porém vi meus motivos pra continuar ali saindo junto com ele, no entanto como estava de carona tive que esperar. Mari e Ric curtiam super, dançar e cantar por mais antigas que as musicas fossem. E lá estava eu, me afogando em coca e salgados, com o celular na mão abandonado em uma mesa. A depressão pairava sobre mim, estava quase dormindo de tanto tédio, foi quando fui surpreendido, uma mão gelada (provavelmente de ar condicionado do carro) toca minha nuca, rapidamente dei um pulo, e pra minha surpresa era Marcel que havia voltado, e com um sorriso no rosto dizia:

- Pode parar de chorar, só tive que ir deixar meu pai em casa!

Não demorou muito pra que Ric e Mari voltassem à mesa e logo eles foram apresentados, de cara pude perceber Mari toda interessada no boy, rsrs, mas não a culpei, ele realmente era um pedaço de mau caminho, com aquela barba e aquela boca pequena e vermelha. Porém logo a avisei que se entrasse no caminho, logo seria massacrada (rsrs). A conversa fluía naturalmente, às vezes entre uma mudança de assunto e outro, nossos olhos se cruzavam e em silencio ficávamos. Logo Marcel começou a beber um pouco, estávamos sentados lado a lado na mesa, e cada vez nossos corpos se achegavam mais, o calor imperava, o lindo blazer azul marinho agora estava sobre uma cadeira do nosso lado, sua camisa logo teve as cumpridas mangas dobradas, e um dos botões desabotoados, evidenciando alguns pelos em seu peitoral, nossos olhares não cansavam de encontrar-se, com uma certa freqüência, e aquilo me dava medo, eu queria beijá-lo, muito, mas não ali, aliás alguns amigos dos pais dele ali estavam.

Azul MarinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora