Parte III

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Risos rolavam a solta, olhares constantemente em harmonia, como era bom o olhar, e até sentir aquele perfume levemente amadeirado que fluía dele, Marcel era com toda certeza o tipo de cara que podia ter quem quisesse. Logo estávamos a sós novamente, eu estava meio apertado de tanto refrigerante e logo tive que ir ao banheiro. Enquanto lavava as mãos para retornar, fui surpreendido, alguém me segurou por trás, e sim era Marcel, mas não hesitei em revidar e uma cotovelada o atingiu em cheio, fazendo-o me soltar. Claro que depois fui me desculpar, e sim, foi meio que um ato em resposta ao susto que levei:

- Idiota! Quer me matar de susto Marcel? Eu disse. - Ooow, vai com calma cavalinho! Não pensei que iria te assustar tanto assim – ele revidou. Logo ali estávamos, mais uma vez nossos olhares se cruzaram, estávamos frente a frente, tão perto que pude sentir seu hálito fresco e com um cheiro de menta em contraste com o cheiro de um pouco de cerveja também, aos poucos nos aproximávamos cada vez mais, o inevitável aconteceria ali mesmo, e realmente aconteceu, aos poucos enquanto nossos olhos estavam fixados um no do outro, não tinha outra saída a não ser beijar, sei que ele também queria, então tomei a dianteira, não demorou muito para que nossos lábios se juntassem, em um beijo quente e lento ali estávamos e a principio, o senti meio que se esquivando, mas quando o puxei pra junto de mim, tenho certeza que as duvidas que cercavam sua cabeça sobre me beijar ou não haviam dissipado.

Ele tinha uma forma fofa de beijar, era carinhoso e ao mesmo tempo ardente, logo o agarrei pelo quadril, ele passou a seu braço sobre meus ombros passando a mão em meu cabelo, logo dei um jeito de por a mão na sua cintura de verdade e por baixo da camisa, sua pele era macia e quente, logo ele fez o mesmo, senti suas mãos passearem por minhas costas, enquanto o beijo só melhorava, com pequenas mordiscadas entre um e outro. Foi quando ouvimos um barulho, (haha, momento ímpar) o empurrei pra longe de mim e me enfiei numa das cabines do banheiro, para nossa sorte era Ric, porem decidimos que ali não era hora e nem local de ficar com amassos.

Disfarcei por uns dois segundos e depois saímos os três do banheiro, Ric logo me avisou que pra ele já tinha dado por aquela noite, e queria ir pra casa assim como Mari, foi quando Marcel se ofereceu pra me dar carona aquela noite, confesso que fiquei meio em duvida sobre o que fazer, mas acabei topando.


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