capítulo 5 Josh

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Na vida, nem tudo ocorre como nós sonhamos e planejamos, as vezes alguns sonhos se perdem pelo caminho..

Me chamo Josh, tenho 21 anos, resido na cidade de Belo Horizonte desde que nasci e estou no 7° semestre de Psicologia, tive oportunidades para estudar nas melhores escolas, fazer diversos cursos no decorrer de minha curta vida, e viajar à alguns lugares até fora do país, mas nem tudo era perfeito como parecia.

Durante a minha vida inteira pensei ter tudo, mas no fundo, bem no fundo sabia que nada importava.

Tive uma infância difícil. Quando eu tinha 8 anos nasceu meu irmão do meio, porém não foi bem a alegria que meus familiares esperavam.. Meu irmão nasceu com problemas respiratórios e poucas semanas depois veio a falecer, minha mãe culpava o meu pai, por conta da gravidez difícil que ela teve, por causa de traições, ou outras coisas que não sei, não entendia muita coisa do que acontecia, eu era só uma criança. Vivi em um ambiente de brigas durante um tempo, pra ser mais exato, até os meus 10 anos. Meus pais até tentaram manter o casamento depois da perda, porém já não dava mais certo, alguns anos depois, minha mãe conheceu outra pessoa e se casou, e um tempo depois o meu pai. Minha mãe teve outro filho, ou melhor filha, uma irmã que se chama Rebeca.

Aos 17 anos prestei vestibular e fui aprovado, comecei a cursar aos 18 anos, eu nem sei dizer porque escolhi fazer Psicologia, sendo que eu na verdade que achava que precisava de um psicológo, talvez tenha até sido por isso, uma questão de orgulho em pedir ajuda de alguém de confiança. Na verdade eu queria era ter feito outro curso, como Direito por exemplo, e queria ter feito intercâmbio em outro país.

No decorrer da minha vida tive algumas namoradas, porém nada que durasse mais de seis meses, esse foi o máximo, dificilmente me apegava a alguém, sempre fui na minha, pra falar a verdade só fui verdadeiramente apaixonado uma vez, por uma garota no tempo do ensino médio, porém não deu muito certo, como sempre fui meio frio e quieto, ela achava que não gostava dela por eu não demonstrar como ela esperava, então ela terminou comigo e começou a sair com outro cara que era amigo meu. Nesse tempo sofri por causa dela e por causa do mané que achava que era parceiro, isso se ela não me traia com ele já que eu não fazia tudo o que ela queria, desde esse dia fiquei meio "otário", confesso, de não ficar me apegando a ninguém.

Na faculdade tenho alguns amigos, ou melhor na vida. Porém conto todos nos dedos. Não confio facilmente em ninguém.

As vezes tenho dificuldade pra pegar no sono, mas quando eu bebo durmo mais rápido. Eu sei tocar violão, guitarra e teclado, sou apaixonado por música e literatura. Como qualquer jovem na minha idade gosto de sair, ir para festa e shows de rock, beber e pegar umas "minas".

Lembro quando era criança, eu fiz catequese na igreja católica que minha mãe ia, eu lembro quando meu irmão nasceu com aquela doença e como pedi para que Deus o salvasse, mas isso não aconteceu, ou como pedia para que meus pais vivessem em paz, e me dessem a atenção que eu precisava na minha infância, e não ficassem gritando na minha frente, eu rezava muito a Deus para poder ter tido uma vida mais tranquila, e fazer toda aquela angústia passar que durante tantos anos sinto no peito, mas depois de um tempo deixei isso de lado, e percebi que não existe um Deus e isso não passa da imaginação do homem, e que os homens tentam desesperadamente achar algo em que crer, porque não conseguem apenas crer no óbvio, a ciência, que nascemos e morremos e TUDO acaba. Quando alguém falava que Deus curava, ou isso, ou aquilo, isso me irritava demais. Uns dias atrás uma garota da faculdade veio falar comigo e aquilo me deixou mordido de raiva, eu já não estava em um dos meus melhores dias, discuti com o marido da minha mãe e fui dormir na casa do meu pai, confesso que não gosto muito de ir dormir lá, mas nesse dia não tive escolha, porém passei a maior parte da noite na rua, em frente ao prédio do apartamento. Mas no fundo fiquei pensando nas coisas que ela me disse durante os dias seguintes aquilo.

Verdadeiramente, Deus não está morto!Onde histórias criam vida. Descubra agora