Lunático

16.6K 1.3K 1K
                                    

HINATA POV

-

Andava fazia alguns minutos e até agora não tinha conseguido parar de chorar.

Despedir-me de meus amigos, minha irmã e do meu amor fora uma das coisas mais difíceis que já tive de fazer na vida. No entanto, lá estava eu, sozinha, andando no caminho que havia escolhido, mas completamente perdida.

Lembrei-me de Kurenai-sensei me dizendo que quando não se sabe para onde ir qualquer caminho serve.

Suspirei triste e funguei tentando engolir o choro. Apesar de ter me dado uns dias de luto, eu prometi a mim mesma que eventualmente pararia de chorar. Do contrário, não faria sentido ter deixado tudo para trás. Esta viagem era uma tentativa de eu encontrar minha própria felicidade. Ainda que eu não tivesse ideia de onde ela estava.

Continuei andando por mais uns minutos quando resolvi parar sob a sombra de uma árvore. Tomei um pouco de água que havia trazido numa garrafa e sem perceber lágrimas silenciosas escorriam por meu rosto.

- Por que chora, menina bonita? – Alguém oculto pelas árvores à frente perguntou.

Ativei meu Byakugan pronta para enfrentar quem quer que fosse.

- Quem é você? – Perguntei, encarando o homem de aparência frágil e arrogante.

- Sou Toneri – disse ele e veio à luz para que eu o visse claramente: alto, esbelto e atraente.

- Toneri, o que faz me espionando?

Ele riu antes de responder.

- Eu estava passando por aqui quando vi uma bela dama chorar.

Corei com o elogio.

- Eu nã-não estava chorando – limpei a garganta.

- Uhm... claro que não. Deve ter sido um cisco no olho. Permita-me – disse ele se aproximando demais de mim.

- O que você pensa que está fazendo?

Mas ele simplesmente se ajoelhou à minha frente e olhou bem dentro dos meus olhos, como se fôssemos íntimos e soprou.

- Está melhor assim? Veja se saiu o cisco do seu olho, princesa Byakugan.

- Princesa Byakugan?

- Sim. Além de linda, você vem de uma linhagem muito especial, assim como eu você descende diretamente de Hamura. Eu adoraria tê-la em meu palácio, ao meu lado.

Nossa... que conversa estranha era aquela. Eu, princesa? Linda? E além do mais um cara x da vida – e além de tudo bonito – me dando todo esse mole? Alguma coisa errada tem.

- Agradeço o convite, mas não, obrigada – disse me levantando. Ele me acompanhou.

- Princesa, insisto. Venha comigo e lhe ensinarei todos os segredos do Byakugan.

- E por que você faria uma coisa dessas assim de graça? Quais são suas reais intenções, Toneri? Se é que esse é o seu nome.

Ele sorriu sedutor como se a resposta para aquilo fosse muito óbvia.

- Por que os segredos do Byakugan são seus por direito. Você e eu fomos destinados desde a antiguidade. Devemos nos casar.

- O que? Que papo doido é esse de casamento, cara? Nunca se falou nada parecido no meu clã. Sai da minha frente ou vou te machucar – ameacei, embora estivesse morrendo de medo.

Mal tinha colocado o pé para fora de Konoha e já vinha gente doida me amolar. Que saco! Não se pode nem chorar quietinha que já vem um louco querendo casar com você... Haha. Tá, parei. Foco!

- Bom, se essa é sua resposta, princesa. Receio que tenha de te levar à força.

- Vai. Te. Catar.

Toneri veio para cima de mim tão logo ouviu minha nada educada resposta. Eu não ia deixar um doido varrido me sequestrar para casar com ele. Sai fora!

- Você é um lunático. Nunca vou me casar com você!

- Hahahaha – ele riu maquiavélico – Você não poderia estar mais certa, minha cara.

Ele investiu mais uma vez contra mim, mas fui mais rápida e desviei a tempo. Aproveitei a deixa e dei 4 palmas nas costas dele. Ele gemeu de dor, mas tentou me atacar de novo e novamente eu dei mais 4 palmas nos braços dele. Desde a guerra, eu estava mais consciente de meu poder e mais confiante também.

- Vejo que está dominando melhor seus poderes, minha princesa.

- Como assim? Você por acaso esteve me espionando esse tempo todo? – Deduzi baseado no que ele acabara de dizer.

A resposta dele foi um sinistro sorriso e um aceno de mão.

Olhei para o lado apenas a tempo de ver uma marionete enorme caindo sobre mim e me prendendo a ela. Toneri se aproximou e segurando meu queixo entre seus dedos longos e frios, me prendeu em seu olhar gélido.

- Minha – ele sussurrou antes de projetar uma bola de chackra azul turquesa em sua mão e plantá-la em meu coração.

Fiquei sem ar no mesmo instante e em seguida apaguei.

-

Eeeeita que agora descobrimos porque Narutin não localizava o chackra de Hinata de jeito nenhum.
E agora? =X  


Mudanças (Naruhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora