Quando eu penso em você o sol aparece

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Acabamos de voltar de mais um show e eu me tranquei rapidamente no quarto. Não era para as coisas terem acontecido desse modo... durante a performance eu quase me descontrolei enquanto cantava a minha parte da música e olhava para Jimin, aquilo foi demais para mim. Eu quase, quase, me aproximei e toquei o seu rosto. Parabéns Suga, por pouco você não arruína a carreira dos dois e a sua amizade.

Às vezes eu criava minha própria realidade quando ia dormir, lembro enquanto deslizo pela porta – de encontro ao chão (sim, eu gosto de drama), nos meus sonhos Jimin e eu namorávamos e não havia nada de errado em amar a forma com que o corpo dele se move, o rosto delicado que precisa escolher entre mostrar o sorriso ou olhos, as expressões provocativas que não devem ser levadas muito a sério.

Meus devaneios são interrompidos por duas batidas na porta, seguidas pela sentença:

- Hyung, abra a porta, preciso me trocar.

Levanto e abro a porta para que o garoto de cabelos negros possa entrar.

- Você esqueceu novamente, não foi? – Pergunta Jimin com um olhar brincalhão.

Resmungo de modo que ele possa tirar suas próprias conclusões.

- Ahhhhh, então eu acertei. – Afirma Jimin enquanto pega uma toalha e algumas peças de roupa de dentro do nosso guarda roupa compartilhado, eu te odeio Bighit. – Sei que apenas se passaram alguns dias, mas eu vou conseguir te mostrar como é legal ter um colega de quarto.

Jimin caminha para o banheiro com a pilha de roupas na mão, algo naquele pequeno monte chama a minha atenção.

- Essa cueca é minha!

- Estava no meu lado. – se defende o garoto.

- Considerando que você guardou nossas roupas semana passada, eu não duvido nada disso. – faço uma pausa, sabe, pra dar impacto - Sei reconhecer minhas cuecas.

Jimin pareceu finalmente se dar conta de que eu falava a verdade e seu rosto ficou extremamente rosado, extremamente fofo. Isso era algo incomum, aquela cor nele.

-Vai ficar aí parado com a minha cueca, seu pervertido? – Pergunto, para testar a sua reação.

Com isso acabo recebendo a peça na minha cara, seguida por uma série de xingamentos (aprendidos com o mestre) e uma batida forte na porta do banheiro. Não consigo aguentar e caio na gargalhada, faço o possível para me controlar e vou até o guarda roupa – no meio de toda a confusão Jimin esqueceu de pegar sua própria cueca. Pego o item para ele, uma boxer preta, e coro ao pensar que já foi usada, coro ainda mais ao imaginá-lo saindo do banho apenas com isso, o corpo exalando frescor... antes que minhas ideias fiquem mais obscenas eu penduro o pedaço de pano negro na maçaneta do banheiro e saio do quarto.

Save Me BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora