Prólogo.

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   Vilarejo de Salem, na colônia americana da Nova Inglaterra 

              Dezembro de 1692


Há três séculos, o vilarejo de Salem, na colônia americana da Nova Inglaterra, foi tomado de assalto por uma onda de intolerância e de fanatismo religioso, centenas de pessoas foram acusadas de feitiçaria e vinte foram executadas como bruxas. Esse infeliz incidente, e a caça ás feiticeiras que então se desencadeou, serviu como um alerta para que os princípios de liberdade religiosa fossem assegurados na história dos Estados Unidos.


              Março de 1997


A chuva desabava pelos campos cada vez mais escuros nos arredores do Vilarejo de Salem. Sinuhe por sua vez caminhava tranquilamente com um cesto de pães em suas mãos, sua barriga já lhe entregavam 8 meses completo de gestação. Caminhou silenciosamente sobre os túmulos afundados e as folhas podres do grande cemitério que havia no local. Não havia neblina naquela noite, mas a escuridão e a crueldade da chuva já criavam dificuldades suficientes.

Não muito longe dali avistou sua cabana, Sinuhe era vista como mãe de todos, a mais bondosa mulher que viverá no Vilarejo, ela abrigava em sua casa cerca de 200 pessoas que não tinha condições nenhuma de sobrevivência. Dentre eles feiticeiros e seres misticos sobreviventes do grande atentado que ocorreram séculos passados.

Sinuhe captou um movimento com o canto do olho e voltou bruscamente a cabeça para a esquerda. O que á primeira vista parecia uma enorme estátua em cima de uma sepultura próxima ergueu-se majestosamente. Não era feita de pedra, nem de mármore. Logo, ouviu passos se aproximando, aquela criatura ou aquela coisa, desceu de uma lápide indo em direção a ela.

Sinuhe pode observar de perto era uma criatura monstruosa da mitologia grega, com tronco de uma bela mulher e cauda de serpente em lugar dos membros. O peito estava despido, seu corpo tinha pequenas marcas de guerra e seus olhos eram pesados de puro ódio. As gotas da chuva desciam pelo seu rosto.

Sinuhe deu um passo pra trás, colocando a mão em sua barriga sentindo uma grande pontada no local.

- Quem é você?

A boca da mulher esboçou um sorriso. Sinuhe desembainhou a sua espada. E a jovem sacudiu a cabeça devagar.

- Sinuhe, corre - ouviu uma terceira voz. Perséfone, filha de Zeus e Deméter. Surgiu com seu grande arco.

O calor queimava o pescoço de Sinuhe. Das profundezas de sua mente, ela voltou a ouvir as suplicas de Perséfone. Ela precisou de toda a sua energia para correr. Não sabia como era possível, mas  a náusea e a fraqueza a dominavam. Sentiu novamente aquela dor agoniante ao pé da sua barriga e se pôs a cair no chão. Ajoelhada ali, com os olhos fustigados pela chuva, viu monstros se aproximando de sua cabana e crianças caiam machucadas no local, as bruxas já estavam com suas lanças atirando contra aquelas criaturas do submundo.

 Levante-se

Aquela voz se fez presente dentro de si. Um arrepio atravessou seu corpo. A mulher virou-se e começou a se afastar indo em direção á cabana que agora estava completamente destruída. Subitamente, estendeu a sua espada. Ainda não conhecia todos os golpes, mas era o suficiente para se proteger, afastou a lâmina para o lado. Enfureceu-se ao ver grande quantidade de Hidras que encurralavam os moradores do local.

- Afastem-se - Exaltou, estendendo a sua espada. Os ruídos dos monstros ecoaram em todo vilarejo.

Você precisa acreditar 

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