CAPÍTULO 46º

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[...]

Sim eu chorei horrores nesse dia, me enchi de raiva, ódio, decepção. E decide que a partir daquele ponto eu iria seguir em frente.

É fácil dar conselhos as pessoas, de que aquela pessoa não merece seu amor e blá, blá, blá. Coisas essas que você já sabe, mas precisa ouvir de outra pessoa, pra não se sentir tao culpada, isso, culpada. Culpada de não ter feito o possível, ou o suficiente. Mas quando na verdade não se trata disso, de ser suficiente ou não. As pessoas só tendem a procurar respostas para as coisas, mas muitas vezes algumas dessas respostas não são o suficiente pra aceitar que já não dá certo e inventam demais outras na justificativa, de que o erro foi de alguém. Quando ninguém tem culpa de coisa alguma.

Porém eu não podia contar aquilo pra alguém, não existia alguém q sabia do meu envolvimento com a Ana, então tentem imaginar eu com 17 anos lidar com um amor frustado, pelo preconceito e a não reciprocidade, sem a ajuda de alguém. Tendo que sufocar aquilo. O que hoje em dia me afetou de uma forma enorme, pela minha frieza com sentimentos e afins. Coração de pedra, gelo, essas coisas -kkkk'

Mas voltando a historia.

Ironicamente eu e a Ana voltamos a nos aproximar pelo que estava acontecendo com ela la, "voltamos a ser apenas amigas".

Contos de um Call Center (Romance Lésbico) 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora