A Ruína de Aguasazuis

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Terminando a grande 1° grande guerra, deu-se inicio a 7ª Era, conhecida simplesmente como "A Calmaria". Nesta era foi possível desenvolver coisas como o comércio, a política, as cidades, entre outras. Como nós sabemos ela foi interrompida bruscamente com a invasão das trevas, que deu inicio a 8ª Era, a "Era das trevas". O que poucos sabem foi como isso iniciou, e é exatamente o que pretendo contar aqui:

No reino humano, próxima a divisa com o território dos homens-fera, existe uma cidade chamada Aguasazuis. Ela era a 4ª maior cidade humana e suas construções eram feitas quase todas de uma pedra acinzentada, com toques de um brilhante azul e neste lugar morava um garoto chamado Nindel.

Nindel era um homem-fera, com traços de raposa e tinha completado 13 anos não fazia muito tempo. Em um dia qualquer, ele saiu para se encontrar com seus amigos em uma cabana que eles usavam de "base". Para chegar lá ele correu pelo meio dos comerciantes que, apesar de cedo, trabalhavam a todo vapor tentando vender seus produtos. Após virar na esquina à direita, se chega a uma rua menos movimentada onde se encontra uma das poucas casas feitas de madeira. Mal entrou na casa quando foi chamado:

- Ei Nin, tá atrasado! - Era Tersan, um humano com aproximadamente a mesma idade de Nindel.

- Desculpa, minha mãe mandou eu ajudar a arrumar a casa.

- Tu "sabe" que hoje nós vamos explorar, certo?

- Sei, mas não dava pra fazer nada, tá.

A casa não era muito grande, mas o tamanho estava mais que bom para o grupo de crianças que estava lá. Tinha uma grande mesa redonda que ocupava um lugar central no lugar, algumas poltronas espalhadas por ai, um armário e algumas cadeiras. Haviam três crianças sentadas nas cadeiras em torno da mesa.

- Até que em fim chegou, como uma raposa pode ser tão lerda? – Disse Alexia, uma menina de 11 anos, olhando para a porta.

- Foi mal, Alexia.

- Mal é...

- Calma, Alexia. Já estão todos aqui. Então já podemos ir, certo Fley? – Falou Renferth, um homem-fera com traços de águia.

Fley, um humano e o mais velho do grupo, concordou com a cabeça e disse:

- Vamos então. Quero chegar ao cemitério o mais cedo possível.

Os cinco então pegaram algumas mochilas que haviam deixado de prontidão anteriormente e saíram. O cemitério não era longe, apenas algumas quadras de diferença de onde estavam. Correndo pelas ruas e depois pelo meio dos túmulos de pedra chegaram a um lugar mais afastado, onde tinham descoberto a pouco umas ruínas e entraram.

O interior parecia ter sido construído escavando diretamente na pedra maciça, em um formato um pouco circular na parte superior. Nas paredes, vários desenhos e estranhas letras eram visíveis.

Durante a exploração, as crianças, acabaram descobrindo que o lugar era muito maior do que eles achavam e formavam uma complexa rede de túneis, onde já se encontravam um tanto perdidos, e, de vez em quando, uma sala ou outra com objetos velhos, com algumas roupas, peças de metal e outros objetos estranhos. Ocasionalmente uma delas colocava em sua mochila um destes.

Após uma boa caminhada, eles chegaram a uma grande porta toda entalhada, com um desenho que parecia um homem matando um exército de demônios. Sem nem pensar duas vezes, elas se dividiram e empurraram os dois lados da porta ao mesmo tempo, abrindo-a.

Crônicas dos 8 ElementosOnde histórias criam vida. Descubra agora