01. It's gonna be okay

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"Dean vai ficar tudo bem.", tentava acalma-lo, pousando uma de minhas mãos no seu ombro.

"NÃO, NÃO VAI! SABE PORQUÊ?! PORQUE ELE ESTÁ MORTO E, É TUDO CULPA SUA.", disse aos berros e lágrimas, vindo para cima de mim, com o dedo indicador na minha direção.

"Culpa minha?", questionei com o mesmo tom de voz calmo, porém, com notável indignação.

"S-se ele não tivesse se distraído ao vê-la... Ele...ele estaria vivo.", rebateu abaixando o tom de voz, virando-se para o corpo morto de Sam, levantando-o.

"Dean eu... eu sinto muito.", pedi desculpas mesmo sabendo que não havia feito nada. "Deixe-me te..."

"Não! Só...só vá embora e, não... não se aproxime de mim.", me interrompeu com a voz carregada de agressividade e angústia.

Assenti e dei as costas, finalmente deixando lágrimas rolarem livremente pelo meu rosto.

A morte repentina de Sam também estava me abalando, as acusações de Dean só deixaram a superação pior. Eu não entendo os argumentos de Dean, eu e Sam não tínhamos nada, éramos bons amigos até onde sei. Eu deveria ir antes de Sam, não o contrário.

Andando pela estrada, abracei meu corpo na falha tentativa de livrá-lo do frio cortante. Eu havia deixado minhas coisas no hotel não muito longe dali. O pensamento de trazer Samuel de volta me dava forças para vencer a névoa e continuar lutando.

Após 'incríveis' minutos do lado de fora, entrei apressadamente no meu quarto, cobrindo-me com a primeira jaqueta que encontrei jogada sobre a cama. Virando café que havia feito antes de sair numa xícara, me sentei na cama por breves segundos. Logo levantando e pegando minha mochila com tudo necessário para trazer Sam de volta.

Muitos diriam que o que vou fazer é suicídio, loucura e estupidez. Mas quando é por um amigo, vale tudo!

Antes de chegar ao hotel notei que havia uma encruzilhada bem perto. Segui para a mesma, enterrando um pequeno pote na estrada, esperando o 'gênio da lâmpada'.

"Oi amor.", saudou, tudo aparentemente normal, até que vi seus olhos tornarem-se pretos como breu. "Me chamou?"

"Não é óbvio?", questionei friamente fitando-o.

"Bem direta, hum? Me diga, o que você deseja.", perguntou aproximando-se com um largo e assustador sorriso nos lábios.

"Quero que traga Sam Winchester de volta.", fui direta.

"Hum... não vai dar. Tem ideia de quanto a alma dele vale? De quanto tempo estamos tentando matar o projeto de gigante?"

"Não, eu não tenho. Mas estou disposta a trocar a dele pela minha."

"A sua não vale tanto.", começou dando-me as costas.

"Como queira. Tenho certeza que há outros demônios dispostos a colaborar. Boa sorte com seu chefe. Fiquei sabendo que ele é dos meus.", rebati dando também as costas.

"Como...?", questionou um pouco alterado.

"Velhos amigos.", o interrompi, dando de ombros. "Vai fazer o pacto ou não?" Ele nada respondeu apenas deu alguns passos na minha direção, segurando-me fortemente, tocando meus lábios com os seus, em um suave e rápido beijo.

"Você tem 32 horas. Me procure no andar de baixo.", sussurrou ao pé do meu ouvido, desaparecendo logo em seguida.

"É melhor funcionar, se não faço questão de te encontrar no andar de baixo.", gritei para o nada, colocado as mãos nos bolsos da jaqueta, dando meia volta, seguindo caminho para o hotel.

"Bom, S/n, o que está feito, está feito.", sussurrei fechando os olhos quando mais uma quantidade de vento e poeira vinham em minha direção.

...

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