Lauren Jauregui
"O plano.
Depois de pensar muito em alguma coisa.
Eu decidi te conquistar fazendo coisas simples e me redimindo das coisas que tinha feito antes.
Primeiro: Eu voltei a sentar perto de você e dei um jeito de ser seu parceiro na aula de biologia e pré-cálculo.
Você não queria de forma alguma, mas não teve escolha.
O primeiro passo do plano estava concluído.
Segundo: Comecei a fazer elogios bobos e discretos como "você é muito bonita para ser chata" e "você ta bonita hoje, aliás é bonita sempre".
Você dava um sorrisão e ficava vermelha quando eu falava isso. Era o suficiente para mim.
Algumas semanas passaram e você ja tinha perdido a raiva de mim, quer dizer, eu acho...
Então eu te convidei para ir em uma festa que ia ter na casa do Liam (meu melhor amigo).
Você não quis ir, falou que não gostava de festas e que não iria.
Eu insisti tanto que você se irritou, mas aceitou. (você era um pouco bipolar)
Lembro que eu fiquei muito feliz, muito mesmo, parecia um moleque tarado e apaixonado pela amiga.
O plano tava dando muito certo, certo até demais...
Mas como dizem
Quem cria expectativa demais quebra a cara..."
Mais uma página e eu sinto como se estivesse lendo um livro; um livro onde eu sou a protagonista.
O Z.M parece ser um cara legal, pelo menos aparenta; só gostaria de poder encontra-lo; para ele contar "nossas" histórias pessoalmente, tenho certeza que seria melhor para lembrar, ver o rosto dele, o jeito dele... toca-lo; já que ele se diz "muito importante" e todos dizem que ele foi "muito especial".
[...]
Hoje eu decidi sair sozinha, já não aguentava mais aquela casa silenciosa; minha mãe só faz bolo e meu pai está viajando a trabalho, e eu fico por lá, sem fazer nada, no tédio; as vezes eu converso com a minha mãe, mas o assunto acaba e tudo volta a ficar chato. As vezes eu falo sozinha, mas isso não é tão excitante quanto conversar com alguém normal.
Aviso a mamãe que irei sair, ela diz que quer me acompanhar; mas eu quero ir sozinha, ela diz para eu ter cuidado e me dá dinheiro para o taxi.
Ando alguns metros longe de casa até encontrar um taxi, entro no mesmo e peço para o taxista me levar ao shopping, já que nem isso eu lembro.
Depois de um tempinho o moço do taxi para o carro.
-Chegamos moçinha- ele fala e eu o pago.
Sai do carro, bati a porta com muita força, o taxista reclamou e eu lembrei do que Z.M escreveu "Você entrou quase quebrando a porta". Dei uma risada boba e entrei no local.
Tinha muita gente, muita mesmo, e isso me deixou sufocada, aquelas pessoas todas conversado, falando alto, andando para lá e para cá, arg!
Entrei na loja mais próxima e mais calma e respirei fundo, olhei e reparei que entrei em uma loja de vestidos de noiva. Uke. Os vestidos que estavam a amostra eram lindos, pena que não é meu sonho casar.
Uma senhora muito elegante anda até mim e sorri.
-Hora hora, uma moça tão jovem vai casar?- não deu tempo de falar que não e ela já me arrasta para o vestiário.-Venha, vou te mostrar uns modelos...
Eu fui. Oque tem de mau em vestir vestidos de noiva sem ser noiva? Nada.
Entrei no vestiário e tinha um casal, a mulher vestia um vestido maravilhoso cheio de pérolas e o homem estava sentado apenas observando.
(Ué, mas o noivo não pode ver a noiva vestindo o vestido antes do casamento? Hm acho alguém vai se divorcia cedo.)
Eles pareciam muitos jovens para se casar, então eu acho que posso chama-los de garota e garoto.
Enfim.
Ela parecia uma barbie de tão bonita, cabelos loiros, pele clara, uma maquiagem de dar inveja e o vestido...
-Você está maravilhosa- a senhora falou chamando atenção deles para a gente.
A garota sorrio e o garoto... bem, a reação dele foi um pulo longe da cadeira, ele se assustou com algo; ninguém entendeu nada, nem mesmo a noiva.
-Tudo bem amor?- ela pergunta
-Tu-tudo sim... eu vou ali... ali fora...- ele pareceu nervoso e logo saiu andando em paços largos.
-Esse rosto é familiar...- falo para mim mesma me referindo ao garoto.
Essa sensação aconteceu com os meus "amigos". Será que eu conheço esse cara?
-Oque disse?- a senhora pergunta
-Nada não- sorrio
Logo a atenção volta a garota; a senhora que me arrastou até o vestiário fica admirando ela, e perguntando se ela vai levar mesmo o vestido ou se está justo o suficiente. (?)
Aproveito a distração dela e saio de mancinho daquele lugar.
Ufa
Paro na porta e respiro fundo novamente.
-Ei... ei você...- ouço e desvio o olhar para o lado e vejo o noivo nervosinho da barbie.
-Oi!?- falo
Ele me encara estranhamente, parece perplexo com oque ver. Será que eu sou tão feia assim? Ou será que ele me conhece?
-Tudo bem?- pergunto já constrangida.
-Sim! E... Desculpa- ele me lança um olhar compreensivo, parece que estava com pena de mim. E Logo depois entra na loja como se nada tivesse acontecido.
Okay! Isso foi estranho!
Dou de ombros e sigo para o Mc'Donalds.
[...]
