Passei a noite em claro pensando nela, e pensando no que o Liam falou; seria muito mais fácil para mim procura-la se eu não tivesse nada com a Perrie e se eu tivesse certeza de que não sinto mais nada pela Lauren.
Talvez eu tenha medo de ainda sentir algo por ela, talvez eu sinta algo por ela; aquela sensação que eu tive no shopping quando eu à vi não foi só um susto, eu sei que foi mais que isso, só não sei descrever.
Sei que ela passou muito tempo desacordada e que talvez o sentimento tenha mudado, mas eu duvido; pode ter "adormecido" mas não morrido.
Eu não quero sentir nada, ainda mais agora que Lauren perdeu a memória. E se ela me esnobar igual fazia quando a gente de conheceu? Só eu sei o trabalho que deu conquistar essa garota. Imagina reconquistar.
Decidi que não preciso necessariamente procura-la para vê-la, é só passar pela frente da casa dela discretamente e dar uma olhadinha. E é exatamente isso que eu estou fazendo.
Estaciono o carro na frente da casa da Sra. Maura, vizinha da Lauren, e observo de longe a casa dela, aparentemente tudo está tranquilo e não tem nenhuma pessoa.
Ligo o rádio e a programação é a pior possível, pessoas dando opinião sobre assuntos idiotas. Desligo a porcaria e volto a olhar para casa dela. Não vejo ninguém, até desviar o olhar para o lado e da de cara com a própria Lauren. Porra como ela apareceu ai tão de repente?
Ela fita o carro, mas não me enxerga graças ao vidro escuro. Ainda bem. Observo ela atentamente, parece curiosa, tão linda. Involuntariamente solto um sorrisinho bobo. Essa garota não tem ideia de como tem poder sobre mim. Ela dá de ombros e sai andando até sua casa.
Espero alguns segundo e dou partido, passo devagar na frente da casa e olho diretamente para janela do quarto dela. Aah essa janela... Quantas vezes eu já entrei por ela para vê-la dormir ou até mesmo para dormir com ela quando se sentia só.
[...]
-Liam? Ta em casa?- falo assim que ele atende o celular.
-Sim!- ele responde.
-Abre a porta ai cara- falo.
-Você ta aqui?
-To, abre a porta- desligo o celular.
Espero uns minutos e ele abre a porta, saio do carro e aceno para ele.
-O que você veio fazer aqui?- ele da espaço para eu passar.
-Preciso da sua ajuda cara.
-Com?
-A Lauren! Decidi que quero falar com ela, mas não diretamente. Não quero que ela saiba que está falando comigo. Entendeu?
-Não!
Reviro os olhos. Desde quando o Liam ficou tão lerdo.
-Eu quero que ela pense que está falando com qualquer pessoa. Menos com o Zayn.
-E onde que eu entro nessa história?- ele pergunta.
-Sabe se ela já tem celular?- ele balança a cabeça negando.-Se ela tiver, você me passa o número dela- continuo.
-Vai trair tua noiva cara?- ele me encara.
-Não! Claro que não!- respondo. Porra, agora eu vou ficar com a consciência pesada. Eu não quero trair a Perrie, ela é muito legal e não merece isso, mas eu também não quero ficar longe da Lauren.
-Vai fazer o que então? Todo mundo sabe que você é apaixonado pela Lauren. Ela estala os dedos e você faz o que la quer. Foi sempre assim- ele fala.
Oque ele disse me deixou bastante pensativo, porque de certa maneira ele tem razão, eu sempre fui muito subordinado quando se tratava de Lauren Jauregui, e isso pode não ter mudado.
-Eu não vou trair ninguém! Só quero ser amigo da Lauren, a gente ja viveu tanta coisa...
-Amigo? Conta outra.- ele me interrompe.
-Liam você não ta ajudando. Vou embora- levanto do sofá.
-Tchau- ele diz.
Saí da casa do Liam e passei de novo na casa da Lauren. Eu to ficando igual antes, um cara obcecado.
Cheguei em casa e a Perrie estava sentada no sofá falando com alguém no telefone. Coloquei a chave do carro na mesa e sentei no outro sofá na frente; ela faz um sinal com a mão para que eu espere. Depois de uns dois minutos ela desliga.
-Onde esteve?- ela fala sem tirar os olhos do celular.
-Por aí!- ligo a tv.
-Por aí aonde?- ela continua.
-Fui na casa do Liam.
-Liam? Voltaram a ser amigos?- ela arqueia uma sobrancelha.
-Mais ou menos, acho que ele não me aceita mais- falo.
-Hm- ela faz uma careta.-Você não quer convida-lo para o nosso casamento?
-Ele não iria!
-Okay então...
[...]
