DEZESSEIS

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Na quarta, Monica acordou primeiro, tomou um banho, vestiu sua roupa mais formal que havia trago do Brasil. Fez o café e tomou rapidamente, enquanto chamava um táxi.

Seguiu até a sede da George e foi recebida com surpresa, pois ninguém foi avisado da sua presença.

- Doutora Monica! Que surpresa! - Rick se aproximou sorrindo e usando um inglês bem britânico. - Que bom recebê-la.

- Jura? Pensei que me odiasse. Mandei você para cá e me mandou áudios de baixo calão. - Monica piscou. - E já está aqui há dois anos, ainda não se livrou desse inglês britânico?

- Da mesma forma que você mora em Paris e não se livra desse sotaque brasileiro com mistura de inglês americano. - Monica rolou os olhos.

- Estou vendo que é da mesma laia que o Henry, mas não quero lembrar de mais um merda da George. - Monica arranhou a garganta e continuou: - Me leve até sua sala, preciso fazer uma ligação e saber como anda as filiais do país.

Os dois subiram para a sala dele em silêncio.

*

Otaviano acordou, viu que Monica havia saído e decidiu dar uma corrida pelo quarteirão. Acabou parando em uma praça e encontrando Marcelo.

- Bom dia. - Ota parou na frente dele. - Não foi trabalhar?

- Estou dando bom dia ao primeiro dia de férias. - Marcelo piscou. - Cadê a Monica?

- Não sei, deve ter ído a George, ela disse que ia ontem. Decidi dar uma corrida enquanto ela não chega. Me acompanha?

- Claro, vamo lá.

Os dois começaram a correr juntos, enquanto conversavam.

- Queria saber como você conseguiu enlaçar a Monica, ela é difícil. - Ota riu fraco e negou. - Tudo bem, não vou saber mesmo da história, né?

- Marcelo, não é nada do que você tá pensando.

- E o que eu tô pensando?

- Ok, se você quer saber o rola entre Monica e eu, vou contar.

Os dois sentaram em um banco da praça e respiraram, buscando fôlego.

*

- Pelo menos aqui não está tendo crise. - Monica devolveu os papéis para Rick. - Agora preciso ligar para Paris, traga o telefone.

- Liga depois. - Rick sorriu e a puxou pela cintura. - Duvido que tenha vindo aqui na empresa apenas para saber como andam as coisas.

- E para que eu ia vir? Pra ver você? Ah, me poupe! - Monica o empurrou de leve e se afastou. - Com licença.

Monica saiu de sua sala e seguiu pro elevador. Rick tentou a seguir, mas ela foi mais rápido.

*

- E é isso. Monica e eu nunca transamos, apenas trocamos beijos e saímos para divertir. Ela pediu para eu falar que era colega de trabalho, mas acabei falando que éramos namorados.

- Putz. Então Monica continua encalhada?

- Não fala assim, cara! Eu ainda quero fazer ela bem feliz. Mas depois de ontem ela pediu um tempo, então nada de beijos.

- Caramba! E pensar que a família dela está...

- Feliz com tudo isso? Isso me dói, pois quem começou fui eu, ela tem culpa de nada!

Power and ControlOnde histórias criam vida. Descubra agora