Sequestro (part 2)

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Pov Camila

Acordei no outro dia com o barulho da porta batendo. Assim que abri os olhos lembrei-me de tudo o que me aconteceu na noite passada. Eu fui sequestrada. Sequestrada! Meu desespero recomeça, as lágrimas voltam a descer pelo meu rosto, minhas mãos voltam a tremer.

—Bom dia Camila, dormiu bem? — a menina pergunta sarcástica.

—Por favor, me deixe sair! — falo baixinho.

—Você vai sair daqui quando eu quiser. E eu ainda não quero. Na verdade, eu queria te falar algumas coisas...

Aí não! Não vou aguentar ouvir ela falando coisas pra me magoar mais ainda. Porém, continuo de cabeça baixa esperando ela falar, esperando ela despejar todo seu ódio em mim.

—Olha garota, eu era sua fã. De verdade, eu te idolatrava. Mas de um tempo pra cá você começou a "liderar" demais, se achar demais, querer aparecer mais que as outras. Vocês são um quinteto, vocês têm de ser importantes igualmente. Mas não, a Camilinha tinha que fazer uma música com Shawn Mendes, Camilinha tinha que ser estrela, Camilinha tinha que ser o centro das atenções até mesmo no namoro com o Austin Mahone. A mídia só falava de você. Você conseguiu o que queria.

—Mentira! Você está errada, você não sabe nada sobre mim! — disse já soluçando, será que mais alguém pensava assim? Eu não fiz essas coisas por mal.

—É, eu realmente não sei nada, pelo menos não sobre a pessoa que você é de verdade. Mas sei o suficiente sobre a Camila Cabello estrela. E ela é horrível. Não passa de uma putinha.

Eu não conseguia parar de chorar. Dito isso ela virou de costas e sumiu pela porta.

Pov Austin

Eu estava agoniado. As meninas estavam agoniadas. A mãe da Camila estava desesperada. Estavam todos muito nervosos. Quando recebo uma ligação.

—Alô?

—Austin Mahone. Acredito que esteja desesperado à essa altura. Quer saber onde está sua namoradinha?

—Quem está falando? O que você fez com a Camila?

—Fala baixo garoto! Se você quiser ver sua namorada, venha até o armazém abandonado da rua 27 sozinho. SOZINHO! Se não, sua namoradinha vai sofrer sérios problemas.

Sai correndo. Eu precisava achar a Camila e não podia correr o risco de alguém fazer mal a ela.

Andar duas quadras nunca foi tão demorado na minha vida! Quando cheguei, dei de cara com uma porta de ferro muito grande. Bati três vezes bem forte na porta e depois de uns 3 minutos uma menina que usava um capuz, por isso não consegui ver o rosto dela.

—Venha! Ela está aqui em baixo.

Descemos a escada e quando chegamos lá embaixo vi a Camila deitada encolida no chão. Ela estava trêmula e soluçando bastante.

—Camila! Meu amor, to aqui. Eu to aqui amor, fica calma! – eu disse abraçando-a.

—Austin! Me ajuda, que quero ir pra casa. Eu quero minha casa, por favor, por favor... — ela falava enquanto soluçava em meus braços.

—Esperem! Austin, quero que saiba que fiz isso a mando de uma pessoa que já foi bem próxima à você. Tome cuidado. Já podem ir, cansei desse joguinho.

Eu não estava entendendo merda nenhuma do que aquela garota estava falando e muito menos entendi porque diabos ela armou esse sequestro. Dinheiro? Não! Tortura? Talvez. Pra me torturar e torturar a Camila. Enfim, eu só queria ir pra casa e ficar com a minha namorada.

O Lado Ruim Da FamaOnde histórias criam vida. Descubra agora