Cap. 13. - Convite memorável.

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CONVITE MEMORÁVEL.

n i c o

Já era quase noite quando Nico acordou. Era sabádo, e por isto, aquela buzina que acordava todos as oito não fora tocado. Até no acampamento Meio-Sangue o final de semana era tempo de descanso. Depois da festa promovida no chalé de Zeus, Nico havia ido para seu quarto aos tropeços e dormido quase que imediatamente. Agora, sentia os piores efeitos da ressaca. Seu estomago embrulhava, ameaçando devolver tudo que havia bebido na noite anterior, sua cabeça doía como se fosse explodir. Ele nunca havia sentido-se tão mal.

O filho de Hades cuidadosamente se levantou da sua cama e caminhou em direção ao banheiro. Até o som de seus leves passos irritava sua cabeça dolorida, deixando tudo pior. Será que tomar um banho ajudaria? Nico não sabia, mas decidiu tentar. Após retirar sua roupa, que consistia em uma calça jeans negra e sua cueca, ele adentrou o box e abriu o chuveiro no modo mais frio. A principio, sua cabeça latejou com força e seu estomago se revirou ainda mais, mas depois ambos se acalmaram, como se a água fria levasse pelo ralo todo aquele mal-estar.

Depois do banho, Nico ainda queria morrer.

O banho ajudou muito, isso ele não podia negar, mas sua cabeça ainda doía com força e seu estomago embrulhava. Ainda de toalha, o filho de Hades se ajoelhou de frente para o vaso sanitário e vomitou boa parte do que estava lhe fazendo mal. Ele não havia conseguido evitar: quando o enjoo fora forte de mais, ele teve de por tudo para fora. Isso melhorou seu estomago, um pouco, mas sua cabeça ficou duas vezes pior. Ele não sabia o que fazer com aquilo -além de escovar os dentes, é claro.

Respirando fundo, ele voltou para seu quarto e catou em seu armario uma bermuda. Havia decidido ficar sem camisa, já que não saíria dali tão cedo. O garoto voltou para sua cama e deitou-se o mais devagar possivel, tentando ao maximo não piorar sua dor de cabeça.

Ele estava quase dormindo de novo quando uma batida suave na porta o fez despertar.

— Merda... - murmurou ele consigo mesmo e apertou seus olhos com força. Ele achou que se ignorasse, a pessoa na porta iria embora.

— Nico? - Chamou a voz do lado de fora. Era Will.

— Entre. - Nico resmungou o mais alto que conseguiu e colocou suas mãos nos olhos, se protegendo da claridade que vinha da porta. Will fechou a porta, mas mesmo assim ele continuou tampando seus olhos.

— Você está bem? - Perguntou Will enquanto sentava-se do seu lado. O filho de Apolo acariciou levemente a mão que Nico usava para cobrir seus olhos.

— Não. - Nico confessou com a voz baixa e tirou sua mão dos olhos. Will estava parado ali, olhando-o cheio de preocupação. O filho de Apolo estava lindo como sempre; seus olhos azuis brilhantes, sua pele bronzeada, seus lábios perfeitos...

— Ressaca, certo? - Will quis saber. Os dois já estavam de mãos dadas. Nico assentiu e fechou seus olhos; não conseguia os manter abertos. — Imaginei. Trouxe remedios para você. Você bebeu muito ontem.

— Que remedios? - Nico quis saber, mas não abriu seus olhos. Até o mais simples dos gestos exigia muito dele.

— Um antiemético e ibrupofeno. Um para enjoo e outro para dor de cabeça. Você chegou a vomitar? - Nico assentiu. Sua cabeça doía de mais para falar algo. — Ok. Vou pegar água. - O filho de Apolo beijou a testa de Nico antes de se levantar da cama e foi até a geladeira no canto do chalé. Ali dentro só tinham algumas coisas; a garrafa de vinho que ganhara do Sr. D, uma bandeja de brigadeiros que ganhara de um filho de Apolo, duas garrafas de água e copos descartaveis na porta. Will revirou seus olhos. Não havia nada saudavel ali. O loiro pegou a garrafa de água e um dos copos e voltou para a cama onde Nico estava jogado. O filho de Hades realmente parecia mal.

A Place in the Sun. | CONCLUÍDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora