BÁRBARA

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Todos os dias a mesma rotina desde que voltei da faculdade. Mas não me incomodava afinal era a vida que queria, tinha consciência de quanto meu trabalho era importante para a ONG.

Há dois anos tinha voltado para casa depois da faculdade de veterinária, sabia que papai precisava de ajuda com os animais do santuário e apesar das propostas que recebi para a graduação em zoologia fora do país, voltei para Toledo. O que causou a revolta da mamãe e a alegria do papai.

Meus pais eram as pessoas que mais amava no mundo, tinham objetivos diferentes de vida, mas cada um ao seu modo ocupava o meu coração, ainda havia meu irmão mais velho, Rogerio e minha quase irmã Bruna, filha do meu padrasto. Por incrível que pareça eu e meu irmão éramos dois estranhos, agora eu e Bruna éramos inseparáveis.

Mamãe se separou do papai quando eu tinha quinze anos, refletindo hoje vi que foi o melhor, já que os dois eram sem dúvida pessoas completamente diferentes.

Rogerio saiu de casa junto com a mamãe para viver na casa da vovó, mas eu continuei no santuário com o papai, ali estava tudo que precisava.

Felizmente o casamento terminou antes que o respeito acabasse. Acredito que por isso meus pais não tiveram problema em conciliar todas as pendências. Alguns meses depois mamãe se casou com o Arnaldo dono do maior mercado da cidade, pessoalmente não tinha nada contra ele, era um cara legal que satisfazia todas as excentricidades da mamãe, e tinha uma filha que se tornou minha grande amiga e confidente, a única coisa que me preocupava era assim como mamãe passava a mão na cabeça do Rogério em todas as suas atitudes erradas.

Pedalava para o santuário depois de um dia cansativo na clinica veterinária do Jorge, um grande amigo do papai que me deu a oportunidade de emprego, quando vi um verdadeiro engarrafamento na estrada, se é que podia se definir assim.

Fui com a bicicleta até o princípio quando vi dois carros parados lado a lado, reconheci um deles como sendo de seu Lucas da farmácia, e o outro era um jipe enorme daqueles que impressionam aonde chegam.

Seu Lucas e o dono do carro discutiam enquanto percebi mais a frente esmeralda parada ruminando algum capim, concluí que ela deveria ser a causa do bloqueio na estrada.

- Bárbara que bom que está aqui! Disse dona Joana saindo do carro, parado logo atrás do seu Lucas. – Pode tirar aquele bichinho dali? Perguntou com a sua conhecida cara de dondoca.

- Claro. Completei com um sorriso, abri a cestinha na minha bicicleta e peguei umas cenouras e fui para perto da esmeralda, quando ouvi a voz do cara que discutia com o seu Lucas.

- Sai daí garota, essa coisa vai lhe dar um coice! Disse irritado.

Na mesma hora virei para trás para dizer quem era coisa. Como aquele homem falava desse jeito da pobre da esmeralda?

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