Capítulo 11

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Estava incrédula, chorando, perdida. Era quase evidente: não estava bem. Estava sentada na sala de espera no hospital, enquanto Edward estava em outra sala. O celular vibrava loucamente, eu atendi, com lágrimas longas pelo rosto.

- A-Alô? - Tentei conter a voz roca.

- Scarlet? Onde você tá? - Era Violet.

- O Edward... - Falava pausadamente, com a voz de choro. -  Foi a...tro...pe..lado! 

- OQUÊ? Estou indo para aí! - Violet falou apressadamente.

Ficaria realmente tudo bem, com a Violet aqui. Mandei uma mensagem á minha mãe, avisando á ela, mas pelo trabalho, sua ausência prevaleceu. Depois de alguns minutos, como eu estava de cabeça abaixada, me assustei com a mão que tocava meu ombro, suavemente.

- Oi, Scarlet Harris? - O médico perguntava, sorrindo.

- Sim! - Falava apressada. - Notícias?! - Limpei as lágrimas.

- Edward está em momento de visitas... - O médico sorri, mais uma vez.

- Ai que maravilhoso! Obrigada! - Corri até a sala onde ele estava acordado.

- EDWARD! - Entrei correndo até você, o abraçando fortemente. 

- Oque houve? - Ele estava confuso.

- Você foi atropelado meu amor... Mas tá tudo bem! - Sentei ao seu lado e beijei sua testa, fui descendo para as bochechas terminando com um selinho.

- Você tá bem? - Ele pergunta, com seus olhos brilhando.

- Muito melhor agora que acordou. - Sorri. - Sabe, fiquei incrédula te vendo aqui, morrendo por dentro! Eu quase tive um infarto Edward! Não faça mais isso. - Olhei sério para ele.

- Minha linda! - Ele fez cócegas em mim. - Quando levo alta?

- Amanhã! Mas eu juro, que vou ficar aqui com você. - Segurei fortemente sua mão.

Ele precisava de apoio, aliás, seus pais estavam na Alemanhã, como eu não quis atrapalhar o aniversário de casamento deles, nem contei, mas está tudo bem.

O médico me levou para a sala de espera novamente. Violet e Peter estavam lá. Eu abracei os dois.

- Como está Edward? - Perguntou Peter.

- Bem... Já já poderão ver ele. 

- E você amiga? - Violet perguntou, acariciando meu ombro.

- Tô indo né Vio... - Falei mio bolada. - Vou dormir no hospital hoje.

- Podemos ficar aqui também? - Peter perguntou.

- Só um acompanhante. Mas... Darei notícias. - Sorri a Peter.

O médico levou Violet a sala do médico. 

- Um de cada vez. - Disse ele avisando á Peter.

Ficamos em um silêncio por alguns segundos.

- Scarlet. - Ele quebrou o silêncio, chamando meu nome. - Sabe, eu.. Quero que entenda que vou fazer sua amiga feliz, e que eu sinto saudade de nossas besteiras. - Ele sorriu para mim, demonstrando suas covinhas.

- Compreendo. Também vou fazer seu amigo feliz. - Sorri, apertando sua mão. 

EDWARD P.O.V

Estava repousando, quando ouvi um barulho na porta, e recebi Violet. 

- Oi... - Ela sentou-se na beira da cama. - Edward, você tá bem?

Era meio difícil conversar com ela, nós nos separamos, não por vontade própria, e sim só por causa dos seus pais, isso me deixa abalado, e nós ainda nos gostamos, mas agora meu coração é da Scarlet, acho que entendeu.

- Estou... - Olhei para ela, sentindo que ela iria chorar.

- Edward! - Ela me abraçou, chorando. - Eu sou feliz com o Peter, mas eu te amo muito ainda! Não dá para esquecer! - Ela tentou falar o mais baixo possível.

- Eu sei... - Eu acariciei seu cabelo.

- Edward, eu quero te ver bem, mesmo que eu esteja morrendo agora por dentro, querendo você de volta, eu vou me conter. - Ela beijou minha bochecha. 

- Tá... - Eu sorri.

- Lembra que prometíamos um pro outro que sempre ficaríamos, juntos...? - Ela limpou a lágrimas.

- Não cumprimos essa promessa. - Falei, olhando diretamente para seus olhos, atingindo sua alma.

- Falhamos. Edward, estou indo... O médico está me chamando. - Ela se levantou. - Eu te... Gosto. - Saiu do quarto, me deixando reflexivo.

Violet marcou na minha vida. Eu NUNCA me esquecerei dela. E suas últimas palavras doeram de ouvir.

Scarlet P.O.V

O médico, chamou Peter. Violet chegou com os olhos vermelhos.

- Você chorou? - Perguntei, preocupada.

- Não, irritação nos olhos. - El riu.

Sabia que ela estava mentindo! Ela ainda gosta do Edward! Fingi acreditar em você, posso imaginar a dificuldade que é para ela. Ficamos conversando, e trocando abraços. Peter voltou limpando lágrimas e eles foram embora. 

Quando olhei para a porta da sala de espera se abrindo, quase morri. Era Tyler. Não!

- Oque.. você... tá... fazendo aqui? - Falei pausadamente, contendo a raiva.

- Posso falar com você?! - Ele havia com um buquê de flores. 

Ele entregou para mim o buquê, e eu o olhava com raiva.

- Seja objetivo! 

- Eu quero me desculpar por tudo, e desejar a vocês uma felicidade imensa, e melhoras para o seu namorado. - Ele deu um meio sorriso.

- OBRIGADA... - O olhei tentando ser simpática.

- Eu te amo! - Ele sussurrou e foi embora.

Idiota.

Horas se passaram e o homem que atropelou Edward apareceu.

- Oi! - Fui cumprimentar o senhor.

- Peço perdão pelo seu amigo, moça. - Ele estava com um certo remorso.

- Não tem nada! Ele é culpado por ter corrido. - Tentei o aliviar.

- Se eu não tivesse dirigindo, não estaria no hospital. 

- Moço, é o destino! Você não é culpado. Pode visitá-lo! O médico te levará.

O senhor mais conhecido como: "Billy", foi para o quarto, ver Edward. Quando ele saiu, levei a janta de Edward. 

- Trouxe o rango! - Sentei em sua cama, e botei a bandeja com comida no criado-mudo.

- Obrigada linda... - Ele me deu um selinho, e então jantamos. 

Fizemos todo o possível. Dei banho nele. Isso mesmo que você leu. Ele estava com a perna quebrada, fazer oquê! Escovamos os dentes e eu deitei ao seu lado, em uma outra maca colocada para mim, e dormimos. Juntos. Tinha um despertador para me acordar de 1 em uma hora para verifica-lo e dar seu remédio. 


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