Capítulo quinze

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William Frank se afastou, furioso, e Niall observou Beth descer o corredor. Lutou quanto ao anseio de segui-la e venceu. Apesar do perigo que representava, aparecera na quela festa porque não conseguiria se negar ao prazer da companhia de Beth Frank.

Depois que fizeram amor, o corpo completamente saciado, percebeu que o orgasmo tinha sido o melhor, o mais satisfatório de sua vida. E quisera-a de novo na quele mesmo momento. Então a lembro do motivo por que ela o seguira até o vestiário. Atormenta a pela ideia de que o estava usando, fugira para não se arriscar a se perde nela de novo. E quando a viu naquele vestido pecadoramente sexy na casa do pai, o desejo o percorreu como uma onda brava. Aborrecido consigo mesmo por ser tão suscetível, provocou-a. Insultou-a, exatamente como o pai dela.

O remorso lhe encheu o coração. Depois da cena que testemunhara, compreendia melhor aquela mulher complexa. Ousada e, no entanto, profundamente vulnerável. Focada no trabalho, porém estranhamente inocente. Niall ainda não sabia por qual lado ele se encantava ou qual lado ela escolheria, mas agora estava convencido de que era inocente de todas as acusações que a imprensa lhe atirara três anos atrás.

Observou-a entrar em uma sala no fim do corredor, dividido entre a necessidade de não se deixar enganar de novo e o impulso de segui-la. Ele, pelo menos, tivera o apoio do pai quando sofrerá. Harry lhe dera total amizade. Beth, no entanto...Quando cometera o suposto erro, tinha sido abandonada pelas suas pessoas mais importantes de sua vida. O conhecimento abriu uma brecha em sua armadura. O queixo rijo, a descisao tomada, seguiu-a e parou no umbral da porta aberta.

O rosto vermelho, a boca uma linha fina, Beth andava inquieta e furiosa de um lado para o outro de um escritório muito masculino, uma extensão quase indecente e pernas perfeitas sob o vestido vermelho. Hesitou a pensou em mudar e ideia, mas não conseguiu.

- Pode esclarecer oque acabou de acontecer?

Os passos não hesitaram e a voz combinou com a fúria dos pés.

- Vá embora.

Estava acostumado com seu sorriso charmoso, os comentários sarcásticos e o flerte intencional, mas nunca a vira tão arrasada. Nem mesmo quando a insultara. As taça na mão, entrou na sala.

- Acho que deveria falar a respeito.

- Não. - Parecia prestes a explodir ou cair no choro.

Ele deixo a taça sobre uma escrivaninha.

- Vai se sentir melhor se chorar.

- Não.- Jogou a bolsa sobre uma poltrona de couro. Era difícil suportar a imensa vulnerabilidade no rosto de uma mulher com tanta autoconfiança. -Prometi a mim mesma que não choraria de novo por causa disso. Especialmente aqui.

O coração de Niall aperto, mas não demonstrou.

- Por que não aqui?

Andou até a parede mais distante, então se virou em direção a ele, o passo rápido.

- Logo depois que a matéria Weaver explodiu e fui demitida, vim para casa, precisando de apoio.- Ainda andando, apontou para a escrivaninha, os olhos queimando de emoção. -E, no momento em que cheguei, ele me sentou aqui e me fez sermão sobre o dever de um jornalista e me disse qual era o principal objetivo de um jornal, dar lucro. Falou e falou sobre a importância do dinheiro. - Os olhos estavam brilhante, mas as lagrimas não desceram. - Não deu a mínima para a forma como me sentia. - Foi a contenção dela que quase o derrubou. - Fechou as mãos em punhos.- Seis meses. E, num encontro de menos e dois minutos, zombou da minha vida amorosa. -Continuo a andar.

Paixão em Chamas |N.H|Onde histórias criam vida. Descubra agora