Capítulo treze

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Enquanto o corpo de Beth convulsionava, Niall ergueu a cabeça para observar-lhe a expressão do rosto. Os olhos fechados, os cabelos nas têmporas úmidos, a respiração áspera na garganta, o peito se erguendo e abaixando enquanto tentava recuperar o fôlego.

Com os olhos ainda fechados, a voz firme apesar da dificuldade de respirar, Beth perguntou:

-Isso conta como um round?

-Não, foi apenas um aquecimento.

-E um competente.-A voz era suave. Ergueu as pálpebras, os olhos nos dele.-Agora...-passo os braços pelo pescoço dele-...leve- me para o banco.

O coração de Niall disparou. A velha Beth sempre no comando estava de volta e o desejo cresceu e matou a esperança de lhe recusar o que quer que fosse. Bloqueou todos os pensamento do passado. A linha, ultrajante e corajosa mulher acendia fogos nele que talvez jamais conseguisse extinguir. O alarme que soou não conseguiu fazê- lo mudar de ideia, mas tornou sua voz áspera.

-Pegue os dois preservativos.

Niall a ergueu e Beth enroscou as pernas em torno da cintura dele. Enquanto a carregava pelo salão, a ponta do membro se aninho no calor entre as coxas macias, atormentando-o com a proximidade. Tudo nela testava seu controle, sua contenção. Arqueou contra ele, pressionando-o mais, claramente o querendo dentro dele. Niall montou no banco, uma perna de cada lado, Beth no colo, as pernas o envolveram. Cerrou os dentes e combateu a necessidade de penetrá-la profundamente, de deitá-la. Mas foi impedido pela mão em seu peito. A voz de Beth era baixa e determinada.

-Minha vez. Minha escolha. Assim, deite-se, Homem Misterioso.

Com os músculos tensos, deixou-se empurrar e parou quando os cotovelos atingiram o banco. Recusou- se a ceder mais. Ela virou a cabeça, sedutora.

-Quero ver quanto tempo leva para você se soltar.

A necessidade, o prazer, a antecipação, a inquietude apertaram o peito de Niall. Nos últimos anos, sempre se relacionava de forma breve com mulheres submissas, passivas. Até agora, até Beth. Então percebeu o quanto havia perdido com suas escolhas de parceiras.

Com o coração disparado,Niall mergulho os olhos nos dela. Estava totalmente aceso por sua postura dominante, montada nele, os movimentos agressivos. E, apesar de tudo, o desejo venceu, estava prestes a explodir. Tudo piorou quando ela lhe empalmou o rosto, abaixo a cabeça e o beijou com um ardor que o virou do avesso. Lábio e línguas duelaram; ela passou as unhas de leve no peito dele, em seus mamilos, e Niall gemeu. Em reação, Beth começou a mover os quadris lentamente, roçando o centro úmido no membro rijo. O suor lhe cobriu a testa e ele combateu o impulso de sumir o controle. O momento sensual se prolongou; então ela afastou a boca, se sento e abriu o envelope do preservativo. Segurou-lhe o membro e o sangue dele gritou, cada célula exigindo que se apressasse enquanto lhe colocava o preservativo. Com a expressão de uma mulher de que sabia oque queria, ergueu se sobre ele e Niall arqueou para encontrá-la, invadi-la profundamente.

-Niall- gemeu Beth, os olhos brilhantes de choque e prazer.

Então as pálpebras abaixaram, como se a força de seu desejo a surpreendesse tanto quanto o prazer que ele sentia com a audácia dela. O que não parecia possível.

Ela abriu as mãos sobre o peito dele e começou a mover os quadris, as unhas mergulhando na carne quando se arqueou para trás, mudando a posição para absorver mais dele. Niall correspondeu com mais uma estocada profunda. Beth, olhos fechados, rosto rosado, boca aberta....sem hesitação ou temor...ergueu-o mais, pressionou-o com maior intensidade. Deu-lhe aquilo pelo que ansiava. Todo o fogo e a paixão sombria que o avassalaram desde o primeiro dia. Levou-o para mais perto de um limite que não queria cruzar.

Movendo os quadris no ritmo dela, Niall fechou os punhos e mergulho ainda mais no encantamento que era ela a cada momento dolorosamente prazeroso. O corpo macio, o cheiro limpo e atitude implacável conquistaram cada vez mais terreno, minando sua reserva. Levando-o para cada vez mais perto do abismo.

Como se sentisse a perda gradual de contenção, Beth mergulho os dedos nos cabelos de Niall e lhe tomou a boca. Todo o corpo respondeu ao ataque sensual e o controle se tornou um pouco mais fraco. Uma sensação tão perturbadora o envolveu que soube que precisava recuperar o domínio para preservar sua sanidade. O fato de não poder, não querer, o deixou furioso consigo mesmo. E ela continuava a consumi-lo, a boca e os quadris vorazes, exigindo que lhe disse tudo. Beth levou as mãos às nádegas de Niall e se mexeu, tomando-o ainda mais profundamente dentro de si mesma. E o controle enfraqueceu mais um pouco.

Beth ergueu a cabeça de leve, o olhar queimando o dele enquanto sussurrava palavras de incentivo, a voz o hipnotizando enquanto o fazia sentar totalmente no banco. Debruçou-se sobre ele, impiedosa no amor que fazia. O cheiro doce, a suavidade, o jeito sedutor ameaçavam destruí-lo. Lutou contra a sensação maravilhosa de ser engolido. Derotado. Segurando-se num fiapo de controle.

Os gemidos de Beth aumentaram de volume, frequência e urgência. E Niall escorregou mais um pouco, perdendo-se a cada momento enquanto Beth o levava para mais perto da chama. E então Beth gritou e as unhas lhe arranharam a pele com força. Como um relâmpago, o controle dele rachou e queimou a mente ficou em branco, engolfada pelo prazer até então desconhecido. Arqueou o pescoço e lhe abraçou a cintura, os quadris a tomando com mais força, mais depressa, a necessidade desesperada e perigosa. Quase destrutiva. Com um gemido áspero, Niall aperto Beth com mais força contra o próprio corpo, os músculos tensos. E quando a pressão feroz cedeu, o orgasmo foi tão poderoso que o fez perder os sentidos.

Paixão em Chamas |N.H|Onde histórias criam vida. Descubra agora