Capítulo 16

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  POV Louis

O restinho do fim de semana passou mais depressa do que teríamos gostado, mas mesmo assim foi incrível e aproveitamos cada mínimo segundo. Estar em casa, com minha família, os Styles e, principalmente, tendo o Harry ao meu lado parecia um sonho distante nos últimos anos, mas agora era real... Nós estávamos juntos, nos reconstruindo, cada vez mais fortes, e aquele tempo com nossas famílias serviu para nos fortalecer mais.

A hora de ir embora foi complicada, principalmente quando Harry e eu precisamos nos despedir das crianças, mas no fim deu tudo certo quando prometemos voltar mais vezes e sem demorar tanto, uma promessa que pretendíamos mesmo cumprir, além deles também prometerem ir para Londres passar um tempo conosco quando estivessem de férias.

Minha mãe e Anne nos mantiveram em seus braços por longos instantes antes de entrarmos em nossos carros, elas não escondiam o fato de estarem genuinamente felizes por nós dois estarmos juntos novamente e esse apoio delas era maravilhoso, principalmente para o Harry que às vezes ainda parecia inseguro ou incrédulo com o fato de eu realmente ter nos dado essa segunda chance.

A nossa volta para Londres foi rápida e tranquila, dessa vez eu dirigi a maior parte do tempo, enquanto Harry escrevia distraidamente em um dos seus antigos cadernos que encontramos.

-O que está escrevendo aí? Mais músicas? – perguntei quando já estava bem perto do meu prédio, eu ficaria ali e Harry seguiria para o dele.

-Sim, você me inspira. – ele respondeu com um sorriso, mas os olhos continuaram fixos no caderno.

-Vai me mostrar alguma delas?

-Quando estiverem totalmente prontas. – ele só então ergueu os olhos e me encarou. –Prometo que primeiro as canto só para você.

-Vou cobrar. – sorri.

Harry suspirou e fechou o caderno, seu rosto virou para o outro lado e ele se perdeu por alguns instantes na paisagem que passava pela janela, já era noite de domingo, as ruas estavam mais vazias, principalmente por conta da leve chuva que caía.

-Foi um fim de semana maravilhoso, não foi? – ele murmurou, seus dedos passavam levemente pela capa do caderno fechado e isso me fez lembrar de quando nos conhecemos, ele estava sempre com o violão por perto e com um daqueles cadernos, sempre escrevendo, cantando, sonhando acordado e sonhos cada vez mais altos.

Ele ainda era assim, mas ao mesmo tempo não era mais, nós dois mudamos e amadurecemos nesses anos em que ficamos separados, ele conseguiu realizar muitos dos seus sonhos, eu tentei em vão odiá-lo enquanto fazia de tudo para esquecê-lo... E, sem que eu esperasse ou planejasse, ele estava na minha vida novamente, me fazendo aceitar que eu nunca conseguiria deixar de amá-lo, não conseguiria e nem queria.

-Lou? – a voz dele me despertou. –Tudo bem?

-Tudo sim, só me perdi um pouco em um monte de pensamentos. – admiti. -Mas sim, o fim de semana foi mesmo maravilhoso. Eu te disse que a minha mãe te receberia muito bem.

-Eu sei, eu sei, você tinha razão. – ele riu.

-Foi nostálgico estarmos com as famílias reunidas de novo, vivíamos assim quando nos conhecemos, um na casa do outro...

-Verdade, eu senti falta disso. – ele apoiou uma mão na minha coxa e a apertou carinhosamente.

E eu também tinha sentido, todos nós.

-Chegamos. – murmurei quando meu prédio ficou a vista e diminuí a velocidade do carro até pará-lo. –Tem certeza de que não quer subir e dormir aqui essa noite?

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