Capítulo 17

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POV Louis

Harry ficou mais silencioso e pensativo depois da nossa conversa e do meu pedido de mais tempo para darmos aquele passo de irmos morar juntos, e eu odiava vê-lo assim, mas achei mesmo que era o melhor para nós dois agora e pelo resto da noite tentei amenizar o clima e deixar bem claro que minha resposta não tinha sido um não definitivo.

Nós jantamos, e a comida que ele preparou estava deliciosa, tomamos o vinho que eu comprei e conversamos sobre milhares de outros assuntos até irmos para a cama. Harry me abraçou, como sempre fazia, me beijou e disse o quanto me amava, porém, mesmo assim eu sentia que ele estava meio chateado, mas quando tentei tocar no assunto de novo ele desconversou e acabei deixando pra lá, ao menos por enquanto... E então não demorou muito para eu acabar adormecendo, até porque o dia tinha sido cansativo.

Ainda era madrugada quando despertei e imediatamente senti falta do corpo do Harry ao meu lado, talvez tenha sido exatamente por isso que acordei, então me levantei e nem precisei procurar muito para encontrá-lo, já que podia ouvir o som do seu violão vindo lá da sala e foi para onde caminhei vagarosamente.

Harry estava sentado no sofá, ainda só de cueca, seus dedos dedilhavam as cordas do violão enquanto ele cantarolava baixinho alguma música que eu não consegui identificar, mas ele parou abruptamente quando me viu parado ali o observando.

-Desculpe, não queria te acordar. – ele disse rapidamente.

-Tudo bem, você não me acordou. – o tranquilizei e depois fui me sentar ao seu lado. –Perdeu o sono?

-Sim, e não queria te incomodar enquanto ficava me remexendo pela cama, então vim tocar um pouco. – ele deu de ombros ao explicar e colocou o violão de lado.

-E o que te fez perder o sono? – me preocupei de isso ainda ser por causa de nossa conversa. –Você ainda está chateado comigo?

-Não, Lou, eu não fiquei chateado com você. – ele suspirou e acariciou meu rosto, as pontas dos seus dedos contornando suavemente os meus traços. –Admito que eu estava esperançoso de você concordar com a minha ideia, mas também entendo o seu receio.

-Não é receio, eu só...

-Shh, está tudo bem, acredite em mim. – ele me interrompeu ao colocar um dedo suavemente em meus lábios e depois se inclinou sobre mim para me beijar mais suavemente ainda. –Eu ainda quero morar com você, e por mim faríamos isso hoje mesmo, mas eu vou esperar até você achar que é o momento certo, até achar que está pronto para isso... Te ter novamente já é muito mais do que eu merecia.

-Não é questão disso, baby... – murmurei.

-Eu sei, mas também sei que no fundo essa sua hesitação em darmos esse passo é um pouco de insegurança por conta das minhas atitudes no passado, e entendo perfeitamente. – ele se apressou em falar quando tentei interrompê-lo. –Mas prometo que com o tempo vou deixar cada vez mais claro que eu nunca mais sairei da sua vida, eu te amo mais do que tudo... Você é o meu lar.

Suspirei sem ter ou saber o que dizer, porque no fundo ele também tinha um pouco de razão, então apenas o abracei, passei os meus braços pelos seus ombros e encaixei o meu rosto na curva do seu pescoço, o cheiro dele era o melhor perfume do mundo para mim e eu podia me perder em seus braços para o resto da minha vida.

-Vou preparar um chá para nós dois, tudo bem? Depois podemos voltar para a cama. – ele disse e eu assenti, depois recebi um selinho antes dele se levantar no sofá e caminhar para a cozinha.

Me afundei contra as almofadas e então meu olhar recaiu sobre a mesinha de centro, onde ainda permaneciam as fotos que o Victor tinha vindo trazer no começo da noite, eu sequer tinha pensado nelas nas últimas horas, ou na visita incômoda dele, mas agora repentinamente me vi curioso para ver que fotos eram aquelas e foi o que fiz.

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