A ILHA - LIVRO 2 MAGIA

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO 1

*** Continuação do capítulo 1, espero que gostem, aguardo as suas impressões sobre o primeiro encontro de Gerard e Nina, para embalar o primeiro encontro do nosso casalzinho, Me vuelves loca, cantada por Eugenia Léon, uma versão em espanhol de Me deixas louca, música originalmente espanhola, de autoria de Armando Manzanero, imortalizada na voz de Elis Regina. beijos queridos***

                                                                              NINA

Um senhor magro e pálido levou-me de carro até a porta de um enorme salão, eu fui recepcionada por uma hostess tatuada e simpática que me conduziu a uma mesa no canto do salão.

- Seja bem vinda, eu me chamo Teresa, sou a hostess de La Isla, hoje a festa temática é Noite no velho Oeste, se precisar de algo, é só me chamar.

Apesar da noite ainda estar começando, o salão já está repleto dos mais variados clientes: homens vestidos de cowboys, alguns com calças de couro com as nádegas descobertas e mulheres de todo o tipo, todas com roupas de cowgirls: saias curtinhas de couro, tops de látex, algumas com os seios desnudos e botas country. Evitei olhar os casais se roçando ao meu redor e concentrei a minha atenção na entrada do salão, ansiosa pela chegada do irmão do Sr. Ionescu. Dez minutos depois, um moreno latino vestido com um terno bem cortado cumprimentou a hostess e veio em minha direção. Levantei-me e estendi a mão para cumprimentá-lo.

- Boa noite, eu sou a detetive Nina Mendes, Sr. Dumont?

Ele nega e sorri explicando-me.

- Boa noite, detetive Mendes, eu sou Jorge Sanches, gerente de La Isla, o Sr. Dumont pediu-me para recebê-la, dentro de uns dez minutos, ele já vai chegar. Deseja alguma bebida?

Nego com a cabeça e Jorge após conversar amenidades comigo por alguns minutos, despediu-se me deixando novamente sozinha.

Vejo algumas mulheres movimentando-se perto da entrada e estico o pescoço para bisbilhotar: duas jovens cowgirls se ajoelham em uma postura servil perante um negro corpulento, ele afaga os seus cabelos e levanta o queixo de uma delas, balbuciando algo que a faz sorrir com o olhar satisfeito. O homem caminha com passos firmes e lentos pela entrada do salão e mais algumas mulheres se ajoelham, recebendo o mesmo carinho das outras, uma negra altíssima vestida de body de couro aperta a sua mão e mais três homens de terno cumprimentam-no em um meneio de cabeça. Mesmo cumprimentando-os, o homem não desvia o seu olhar do meu, ele não para ou muda o seu curso, continua a caminhar em linha reta em direção á minha mesa e sem que eu saiba como ou porque, o meu coração se aperta a cada passo que ele dá em minha direção.

Ele para á minha frente e a sua mão enorme envolve a minha com firmeza.

- Boa noite, Gerard Dumont.