Em busca da perfeição

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Antes de chegar ao ápice da paz interior  passamos por abismos, vazios a serem preenchidos. Preenchidos por nós mesmos. Perguntas sem respostas nos cercam e achamos que precisamos ser respondidos quando na verdade não deveríamos ter perguntado.
O que não foi criado, não existe. Há-se um começo para tudo. E para tudo há-se um fim. Mas não há final para aquilo que não existiu. Sendo assim, não dê vida àquilo que será interminável. O inferno interior dificilmente acaba se você o alcança. Não o alcance, não o procure, não o sinta.
Nosso organismo recebe cada palavra falada e transforma em ação. Palavras ditas em voz alta possuem um poder maior que os pensamentos, porque sua voz é poderosa. Mas não pense em coisas erradas: escreva-as. Queime-as, e já foram. Esse é o poder do fogo: destruir.

Destrua o que for inválido e inútil. Construa tudo aquilo que almejar. Mas nunca comece algo pensando em como terminará, isso não é querer de verdade, é desejar. Desejos passam.

Busque perfeição em todas as tuas criações. Quem busca, alcança. A perfeição é infinita e relativa, então, enquanto há busca, há encontro. Mas não busque perfeição nas coisas externas. Comece pelo interior. A perfeição vem de dentro para fora.

E, por fim, não faça das pessoas, suas criações. Elas não são moldadas de acordo com suas vontades.

Seja sua própria arte. Tu és a arte infinita em forma de vida que evolui, evolui e transforma-se em memória depois de acabada.

Seja a melhor memória de alguém. Seja a melhor sensação do universo, parte do mundo, parte do meio. Seja vida.

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