"Fazia um sol fraco em Central City, era 15 de junho 1995 Ariel andava ligeiramente para a avenida que ligava a cafeteria à sua empresa foi ali que tudo começou..."
Inicia-se agora a jornada, fazendo o que fui designado a fazer passei boa parte da vida cuidando indiscretamente de Ariel. Dia 15 de junho de 1975 nasce Ariel Francedt Alle, nada deu certo sua mãe não resiste ao parto, seu pai abandona sua mãe ainda gravida, e sua avó acaba tomando conta de sua neta. Ariel desde pequena observava além do normal, percebi isso no dia em que ela acenou pra mim, depois disso passei a focar mais em minha inexistência. Ela cresce rapidamente e começa focar em seus estudos, trabalha e ajuda sua avó em tudo ela completa agora 18 anos muito orgulhosa de si por conseguir conquistar tudo, em um dia inesperado seu telefone toca, é do hospital Geral de C.C.
- Alo Ariel?
Ela responde:
- Sim sou eu!
E de repente a ma notícia.
- Sua avó está no hospital, foi constatado um câncer maligno em um dos vasos sanguíneos da sua avó e pressupomos que ela não resistirá.
E Ariel já chorando não pensa duas vezes desliga imediatamente o telefone e vai correndo em direção ao hospital que ficava trinta minutos de seu trabalho, em meio ao caminho percebi que ela chorava muito. Não resisti e fiquei atônito, me peguei parado por três minutos olhando para seu rosto.
Vi suas lágrimas rolando senti meu coração batendo forte não me contive e ela esbarrou em mim. Secando suas lágrimas e com uma voz trêmula disse "Me desculpe moço".
Me perguntei o que aconteceu comigo ?
Percebi a poucos tempos que existia um livre arbítrio dentre em mim mas nunca alguém me viu antes. Minha hierarquia não permite contatos humanos, mas pareceu as mitologias que ouvi como pode isso ser assim? Me indaguei o resto do dia.
Fui até o quarto do hospital que sua avó estava e nada pude fazer, ela pedia proteção a sua avó mas não se muda o futuro sua avó dizia arrastado e bem baixo.
- Obrigado!
Ariel ergueu a cabeça e disse
"Vovó irá dar tudo certo". Sua avó disse .
- Minha filha o futuro pertence a Deus eu estou indo, mas ele irá mandar outro alguém pra lhe proteger.
Nessa hora ela abraça sua avó e não solta.
No dia seguinte 07:00AM os aparelhos param de funcionar devido a fraqueza de seu corpo a avó de Ariel não resistente e se vai.
Ariel está mais uma vez sozinha no mundo, apenas ela e a solidão tem também eu Castiel porém me escondendo toda hora.
Meu trabalho não está sendo fácil posso proteger mas não posso mudar histórias de ninguém, se eu tivesse essa honra faria dela a mulher mais feliz do mundo.
(...)
Tive vontade de deixa-la me ver novamente, porém tive medo de assusta-la, ficava sempre a observando. Como pode ser tão linda, tão dedicada e tão perfeita? Por onde passava ela trazia alegria sua luz sempre brilhava, fazia duas semanas desde o acontecido ela já não chorava mais, ficava apenas ouvindo uma música que sua avó adorava "Porcelain do Red Hot Chili Peppers" essa música passou a ser a minha preferida desde então, eu desejava cada vez mais aquela liberdade porém não podia perder o foco. Sou protetor precisando de proteção. Tomei uma decisão irei falar com ela...
No dia seguinte...
Lá estava ela, linda sorridente como sempre decidi aparecer e me esbarrar acidentalmente...
- Hey!!! Olha por onde anda.
Foi o que ela falou, eu tímido e sem jeito disse.
- Me desculpe, eu te ajudo!
Foi nessa hora que olhei no fundo dos seus olhos e mais uma vez fiquei extasiado, foi ai que ela falou sorrindo.
- Algum problema ?
Eu sorri meio tímido e disse.
- Não, é que não estou acostumado a falar tão diretamente.
Ela sorriu e disse.
- Você é estranho, Eu sou Ariel qual seu nome?
- Sou Castiel, bonito nome.
- Obrigado, preciso ir agora!
Ela falou e se foi...
(...)
Decidi que não iria mais aparecer pra ela, todas as noites ela escrevia algo em seu livro mas eu não conseguia ler, tudo ficava embaçado aos meus olhos mas tinha dias que ela chorava e dias que sorria ao escrever, percebia que havia grande felicidade ao escrever, minha curiosidade só aumentava mas vou me conter e fazer de tudo para não perder o meu foco.
A rotina continuava...
Porém em um certo dia Ariel decidiu escrever e sussurrar tudo que ela escrevia, me assentei em sua janela e me pus a ouvir tudo que ela sussurrava antes de escrever...
"Outro dia conheci um rapaz de uma maneira muito estranha porém engraçada, eu sendo eu mesma me esbarrei nele e briguei com ele como se ele tivesse a culpa, logo ele pediu desculpas muito tímido seu nome era engraçado Castiel isso me parece nome de seriado de TV mas me senti bem conversando com ele por poucos minutos, sei que não o verei novamente pois ando esbarrando nas pessoas normal de mim"...
Ai então ela parou de sussurra e só escrevia durante horas, meu nome é mesmo engraçado? Fiquei por horas esperando que ela sussurrasse novamente mas isso não aconteceu ela mais uma vez conseguiu me deixar com uma baita curiosidade, queria no mínimo conseguir ler mas não conseguia de jeito nenhum.
Logo ela parou de escrever e colocou aquela canção que sua avó adorava, ela abraçou sua pelúcia e começou acompanhar a letra. Eu não me importava que ela repetisse a música por horas e horas, Ariel dormia e acordava ouvindo-a... Passou alguns minutos ate que ela conseguiu dormir, desci e coloquei seu cobertor por cima e fiquei olhando-a, coloquei aquele sorriso tímido de quando a vi naquele dia e mais uma vez perdi a noção do tempo, tenho que me mandar ela já dormiu e há outros lugares me esperando...
- Até mais Ariel, mais tarde nos veremos!
(...)
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Anjo solitário
RomanceAriel e uma garota inteligente que consegue ver e viver coisas além do normal, sua vida é rodeada de tragédias e desde o início leva um sentimento de culpa pela morte de sua mãe em seu parto, o abandono do pai desde a gravidez de sua mãe foi a chave...