Privileged || Newtmas

Agony

Thomas

Tess nem terminou de me contar sobre Newt e eu já havia desligado o celular e corria louco pela casa atrás de dinheiro para um táxi. Desci até a portaria voando pelas escadas, pois não estava com nenhuma paciência para esperar o elevador e peguei o primeiro táxi que consegui.

– Para o Hospital Central. – ordenei ao taxista.

A aflição e angústia só aumentava em meu peito. Por que diabos Newt está no hospital? Pensei. A minha respiração falhava e eu me sentia em agonia, mas tentei ao máximo me manter forte, precisava chegar ao hospital.

Mandei uma mensagem para minha mãe a avisando para onde eu estava indo.

A viagem até o hospital parecia uma eternidade. Quando chegamos, entreguei o dinheiro ao taxista e nem me preocupei em pegar o troco. Simplesmente entrei correndo para dentro do hospital.

Encontrei Lydia, Natalie e Janson na recepção, eles estavam esperando notícias.

– Boa noite, Thomas. – Janson me cumprimentou, dei um "boa noite" quase que grosseiro para ele e as duas garotas e então perguntei como Newt estava.

– Ele foi agredido, está passando por exames agora. – Janson respondeu.

Agredido? Quem teve coragem de fazer isso com ele? Por que?

Eu comecei a tremer de raiva e preocupação.

Lydia percebeu o meu nervosismo e foi até mim.

– Calma, Thomas. Ele vai ficar bem. – ela me disse, tentando me confortar.

Tive que tomar vários copos de água até finalmente conseguir me sentar.

Ficamos esperando por vários minutos até finalmente alguém aparecer para dar notícias.

– Pessoal, tenho boas notícias. – a médica disse. – Newton está bem, ele sofreu uma fratura nas costelas, mas nada muito grave. Ele teve sorte, com certeza.

Eu acabei ficando um pouco mais aliviado, mas a raiva só crescia dentro de mim. Quem ousou bater nele vai pagar, prometi para mim mesmo.

– Podemos vê-lo? – Janson perguntou.

– Sim, mas um de cada vez. – a médica respondeu.

Ótimo. E acabaram deixando Janson ser o primeiro a vê-lo, afinal ele é pai. Uma bosta de pai, afinal permite que o filho seja espancado na rua.

A minha cabeça estava a mil com tantos pensamentos a respeito do que estava acontecendo, e eu não conseguiria ficar mais calmo sem antes ver o meu loirinho.

Minha mãe chegou ao hospital nesse meio tempo.

– Ai meu Deus! Eu espero que o Newton esteja bem, mas o que aconteceu com ele? – ela perguntou, parecia uma cacatua.

– Ele foi espancado. – eu respondi.

Natalie a deixou a par dos detalhes que eu não estava com paciência de falar.

Quando finalmente pude vê-lo, meu coração parecia que sairia pela boca. Eu sentia que iria chorar a qualquer momento.

Quando entrei no quarto e vi Newt lá, ferido, eu não consegui aguentar, deixei as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

– Newt! – eu o abracei, e ele soltou um gemido de dor. – Você está bem?

Newt também estava começando a chorar. O que fizeram com meu loirinho?

– Estou melhor agora, Tommy... – a voz dele estava fraca, será que é algum sedativo.

– Quem fez isso com você? Me conta, por favor. – implorei.