Capítulo 05

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Passei a manhã inteira trabalhando, aqueles 5 dias de folga fizeram meu serviço se multiplicar.

- Você tem certeza que está bem? -. George pergunta pela terceira vez enquanto almoçamos.

- Eu já disse que sim, só não tive uma noite de sono muito boa. - Falo enquanto brinco com o garfo na minha comida.

- Sem fome? Está diferente hoje. - Ele me olha desconfiado.

- Isso é bom ou ruim? - Deixo meu garfo de lado e me inclino.

- Não faço ideia, já disse que não consigo entender você, Bey. - Ele  Sorrir de canto.

- Normal. Ninguém me entende, nem mesmo eu. - Dou de ombros e tomo meu suco.

- Você é complicada, garota. - Ele dá um gole em seu vinho e volta me encarar.

- Me disseram a mesma coisa ontem à noite. - Sorrio sem humor, ele me olha curioso. - Não venha me encher de perguntas, porque estou sem tempo para isso. Afinal, anda logo, precisamos voltar. -  Me levanto e vejo ele fazer o mesmo.

- Às vezes eu tenho vontade de te bater até machucar esse rostinho perfeito. - Ele murmura irritado.

- Fique quieto, George . - Sorrio. - Vamos embora daqui. - Pego em sua mão o puxando para fora do restaurante.

Pude sentir um certo alivio quando coloquei meus pés dentro de casa e finalmente conseguir me deitar e dormir um pouco, bem pouco mesmo já que ouvi a campainha tocar. Me levantei sonolenta e desci as escadas tomando um certo cuidado para não cair. Abri a porta sem ao menos ver quem era e dei de cara com o Jay encostado na parede.

- O que está fazendo aqui? - Pergunto surpresa. Ele se virou e deu um sorriso sem graça.

- Não tenho seu número, então o único jeito de te achar é vindo até seu apartamento. - Ele murmura me encarando. - Estava dormindo? - Pergunta.

- Tinha acabado de pegar no sono. - Falo tentando parecer não estar brava, o que não deu muito certo.

- Tudo bem. Eu volto outra hora. - Ele se vira e logo me encara quando o chamo.

- Fica se quiser. - Dou de ombros e ele assente. - Entra. - Dou espaço para ele passar e assim ele faz.

O levei até o sofá e me sentei em outro de frente para ele, o homem ficou me encarando e aquilo realmente me deixava frustrada.

- Diz logo o que veio fazer aqui. - Murmuro num tom nada agradável.

- Só queria te ver. - Encolhe os ombros.

- Já me viu e agora? - Pergunto. Ele riu aparentando estar nervoso.

- Calma, não precisa ficar assim. - Se rende com as mãos.

- A última noite não significou nada, okay? - Murmuro, então ele me encara surpreso.

- Eu não disse que significou algo para mim. - Dá de ombros. - Mas não entendo o porquê de estar tocando nesse assunto hoje. Pensei que tinha se divertido. - Ele diz confuso.

- Eu me diverti e muito. Mas não posso continuar com isso. - O encaro.

- Isso? - Indaga incrédulo. - Eu realmente não te entendo. - Ele diz  parecendo decepcionado.

- Não tente me entender. Eu sou assim, Jay. - Abaixo o olhar, mas logo o encaro novamente.

- Não acho que seja assim. - Sussurra.

- Mas eu sou. Não me procure mais, por favor, não quero ter mais alguém incluído na minha lista de pessoas magoadas. - Aperto o tecido da minha roupa com força e tento não olhar mais para ele.

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