O caminho até o shopping não foi longo e ao decorrer do tempo ficamos apenas ouvindo boas músicas dentro do carro. Escutei sua voz ecoar em minha cabeça e me virei para ele, olhei para os lados e percebi que já tínhamos chegado. Sorri. Abri a porta do carro e desci indo de encontro com ele.
- Que filme iremos assistir? - Perguntei enquanto caminhávamos dentro do shopping
- Ah. - Ficou pensativo. -Você acreditaria se eu falasse que comprei sem saber que filme era? - Indaga sorrindo.
- Vindo de você eu acredito sim. Quanta lerdeza da sua parte, Jay. - Sorrio.
- Deve ser um filme bom. - Dá de ombros e me encara. -Ainda temos 30 minutos antes de começar. - Ele olha para mim.
- O que acha de sorvete? - Sugiro. - Eu estou ansiando tomar um. - Sorrio de canto e ele apenas balança a cabeça.
Estávamos sentados em um banco observando as pessoas passarem enquanto tomávamos nossos sorvetes tranquilamente.
- A gente podia trocar. - Ele me encara, nego com a cabeça.
- Nem tente, eu disse para comprar igual ao meu. - Falo.
- Por favor. - Pede.
- Que humilhante, Jay. Você só quer trocar porque o seu já está acabando e o meu não. - O encaro.
- Não é por isso. Me dá logo isso, você nem quer. - Pegou o sorvete da minha mão e me deu o seu. - O seu está bem melhor. -Ele rir.
- Agora você pode ficar com ele pra você. - Reviro os olhos.
Continuei analisando o shopping e encarando as pessoas que passavam sorridentes por ali e reparei que ele não parava de olhar para mim. Estava começando a ficar incomodada com aquilo.
- O que foi? - Pergunto e ele sorrir.
- Está sujo. - Aponta para o canto da minha boca.
- Saiu? - Pergunto passando o indicador no local.
- Não, vem cá. - Me aproximo dele, inclino minha cabeça e seu olhar desce para minha boca. Passou seu polegar e sorriu. - Pronto. - Volta para o seu lugar e desvia seu olhar.
- Obrigada. - Respondo levemente constrangida por sentir vontade de beijá-lo novamente.
O nosso beijo no lago veio à tona e eu senti meu rosto ficar vermelho ao lembrar que fui eu quem o beijou. Não que eu não tenha gostado, eu gostei e muito, mas ainda estava muito confuso para mim.
- Bey, você está bem? - Ele pergunta olhando pra mim e notei que estava o encarando demais.
- Ah. Sim, claro. - Sorrio de canto. - Não acha que já está na hora não? - Pergunto tentando sair daquela situação desconfortável.
- É verdade, vamos. -Ele levanta e eu faço o mesmo.
(...)
O filme já havia começado quando entramos e pelo que vi parecia ser bem calmo. Nos sentamos em nossos lugares e ao longo do tempo, enquanto eu encarava aquela tela enorme em minha frente, percebi que ele me olhava às vezes e sorria sem motivo.
- Não acredito que você comprou ingressos para filme meloso de romance. - Sussurro em seu ouvido e ele solta um risinho.
- Eu não sabia e pensei que você gostasse de romance. - Ele me encara.
- Eu não suporto. - Reviro os olhos. - Mas só de estar em sua companhia já é suficiente. - Dou de ombros.
Tentei me concentrar no filme que passava, mas para mim era praticamente impossível. Aquilo era tedioso demais para mim. Agradeci a Deus quando ele finalmente acabou e eu pude sair dali.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Cura
Hayran KurguBeyoncé era uma menina doce e autoconfiante que sempre demonstrava se importar com as pessoas ao seu redor, o tempo a transformou, fazendo com que a mulher se tornasse uma pessoa fria e arrogante. Agora ela não é capaz de se importar nem consigo mes...