22. End Up Here

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[Chloe P.O.V]

Acordo com uma rouquidão horrível no dia seguinte. Não sei o motivo, já que eu nem gritei, enfim. Levanto e olho para Hermione dormindo na cama do lado, como sempre. Mas ela sorria. Daí eu me lembro da friagem que passei ontem saindo naquele frio pra ver o barulho lá fora --que era o Harry-- Nossa! O Harry! Ele está aqui. Não acredito nisso...

Corro até o quarto dos meus irmãos. Estavam lá, Nash e Hayes sentados mexendo no vídeo game e um certo estranhão fazendo a mesma coisa, dando palpites para eles. Não acredito que ele é tão sujo que conseguiu a confiança dos meus manos!

--Você aqui, panaca! --insulto o idiota mais idiota que os outros idiotas que eu já convivo.

--Claro, ou estaria no seu quarto? --ele revira os olhos.

--Estaria fora da minha casa. -bufo.

--Você não é amiga dele? Então qual o motivo dele estar aqui? --Nash faz a pergunta que vale um milhão de libras.

--Ele é meu amigo sim... Mas veio por um trabalho.

--Pensei que fosse por uma tarefa de casa. --Hayes comenta.

--Que seja. --fecho a porta.

Tomo um café da manhã bem quente para recuperar a voz, que não surtiu muito efeito. Coloco uma música da Blink-182 e começo a dançar feito louca. A música para antes da hora. Olho para trás. Harry. Tinha que ser. Como sempre.

--Então gosta de mexer os quadris quando ninguém está olhando? --ele ri.

--As vezes. Mas você não tem nada a ver com isso.

--Tudo bem. Sua irmã cada dia está mais experiente na arte do beijo. Só queria avisar que logo estará tão boa quanto você.

--Tenho duas perguntas mas não sei por qual começar.

--A resposta da primeira é que sim, eu beijei ela. E a segunda, você beija melhor sim, por enquanto. Mas ela é melhor que você. Respondendo a terceira pergunta, que acaba de se criar na sua mente punk-dance-eletro-gothic-sei-lá-mais-o-que.

--Idiota! --bufo.

Saio do campo de vista dele e pego a moto do meu irmão. Dirijo em velocidade média pela estrada até chegar à casa de apostas que estive outro dia com Nash.

Entro no lugar. A maioria das pessoas eram velhos carecas acompanhados de mulheres com o peito maior que o cérebro. Assim que olho para a roleta, um rapaz vem até mim.

--Olá donzela.

--Nem pense em me chamar assim. --respondo revirando os olhos.

--Okay, vamos começar de novo. Olá, gostosa.

--Assim também não.

--Tenho mais uma chance?

--Lhes resta a última. --sussurro.
--Okay. --ele sorri-- Olá, garota que eu nunca vi. Como se chama?

--Olá, completo estranho. Meu nome é Hermione. --minto.

--Prazer! --ele beija minha mão-- Sou o Félix.

--Você tem nome de gente gay.

--Alguma coisa contra?

--Não se você tiver bebida.

--Tenho sim. Me parece que a moça é decidida.

--Muito. Me passa isso! -tomo a vodka de sua mão e bebo.

--Você não poderia ter feito isso, deve ser menor de idade.

--Você também.

--Não. Tenho dezenove.

--Tem cara de bebê.

--Você deve ter uns dezesseis, dezessete?

-Dezesseis.

--O que uma menina de dezesseis anos faz por aqui?

--Fingindo de um monstro que está na minha casa.

--Okay.

Passamos boa parte do tempo bebendo, conversando e jogando. Juntos conseguimos duas mil libras.

--Metade é meu. --rio e guardo dinheiro no bolso da calça.

--Sua mãe não vai perguntar onde conseguiu isso?

--Não, porque ela nunca sabe.

--Okay. Acho que agora é hora de ir embora. Tchau, garota destemida. --ele estende para beijar meus lábios, mas eu viro o rosto, pego seu braço e torço, jogando-o no chão. Enquanto ele tentava levantar, pego a outra metade do nosso dinheiro que estava com ele e saio correndo, pego minha moto e saio pela estrada. Começo a cantar "Girls Talk Boys" do 5 Seconds of Summer de alegria por ser tão inteligente e interessante.

Entro na cidade e paro em uma loja qualquer. Uma loja qualquer de grife. Compro uma calça preta skinny de quinhentas libras, uma blusa da mesma cor caída no ombro direito e rasgada atrás de duzentas. Saindo de lá entro numa loja de acessórios e compro brincos e coisas do tipo.
Ando pelas ruas normalmente. Londres não pára. Por que eu pararia?

Uma menina pega meu braço e aperta.

--Quero que você fique longe do Harry. --ela grita.

--Harry? O quê? De onde você me conhece? Por que me parou na rua?

--Não lhe interessa isso. Eu sei que se chama Hermione ou Chloe. E fique longe do Hazza.

--Hazza?! Que porcaria é essa? --rio freneticamente.

--Isso mostra que você não o conhece suficientemente. F-I-Q-U-E L-O-N-G-E do Harry.

--É o que dele? --encaro a garota loira e aperto sua bochecha.

--Não queira competir comigo. Saia da minha frente. E fique longe do Harry para o seu bem ou vai sofrer as consequências.

--Vai ver o caralho do Harry! --grito com ela.

--Já vi bastante vezes. --ri-- Acho que o recado já está dado. Tchauzinho!

--Espera! Agora eu que quero saber coisas. Como sabe de mim e como me achou aqui?

--Digamos que sou muito parecida com o Harry e nos entendemos muito bem. Isso me ajudou à chegar até aqui.

--VOCÊ É UMA MOONVIBE NÃO É?! --grito e puxo o cabelo dela-- NÃO PRECISA ESCONDER!

--Cala a boca! --a estranha diz-- O que é isso? Moon o quê?

--Não precisa se fazer de mal entendida agora. Eu sei o que você é. Somente pela sua fala. --gargalho-- Qual seu poderzinho? Hmm?

--Vá embora. --ela implora.

--Mas nada de me seguir ou eu posso acabar com você. O jogo virou, não é garota? --digo beijando a mão da menina-- Adeus senhorita.

Quem ela acha que é? Okay, pode ser uma moonvibe mas não tem direito de falar que devo ficar longe do Harry. Tudo bem que é isso que eu quero, mas não gosto de seguir regras. Porém agora ela deve me deixar em paz porque ela sabe que sei o segredo dela. E afinal, por quantos motivos ela quer que eu deixe o Harry? Será que ela é... namorada dele? Ou apenas do mesmo clã e não quer que eu espalhe o segredo da sobrevivência dos moonvibes pelo mundo? Pois se ela aparecer é isso que eu vou fazer.

Demorou mais saiu!!! Okay, quem era aquela garota? Well, good ideas going!

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