"Mesmo não querendo... eu ainda o amo"

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Alya e Marinette estavam andando nos corredores com os quartos das empregadas ao redor. Caminhavam em direção ao quarto de Marinette.

Marinette: Será que eles já saíram?

Alya: Acho bem difícil. Não iriam sem se despedir.

Marinette: Pode ser que eles tivessem pressa...

Quando elas finalmente chegaram, puderam ouvir fortes risadas de Nino.

Marinette: É. Acho que ainda não desocuparam o quarto. Venha. Vamos voltar mais tarde...

Sem Marinette perceber, Alya já estava com o ouvido grudado na porta. Um pouco inclinada para tentar ouvir o que se passava ali dentro.

Marinette: Alya! O que está fazendo?! Vamos!

Alya: Psiu! A conversa está interessante. Uau, Mari. Por esta porta se escuta muito bem.

Marinette: Não quero saber, Alya! Eles podem nos pegar e... -Falava em um tom aflito.

Alya: Tem certeza? Porque o ChatNoir está falando de você.

Marinette: Como sabe o nome dele?

Alya: Não estou dizendo que essa porta é boa?! Venha! Começaram a falar de você.

Marinette mordeu o lábio inferior. Sabia que aquilo não era certo, mas quando dizem que o foco da conversa é você, de fato que é tentador. Ainda mais quando vem da boca do homem em que provavelmente você pode estar interessada.

Sem pensar duas vezes, Marinette grudou a orelha na porta junto a Alya; que teve que conter um riso na hora. Ouviram tudo atentamente.

ChatNoir: E qual seria a parte mais interessante deste assunto, senhor Nino? -Disse com uma expressão de convencido, tomando sua pose de braços cruzados encostado na parede.

Nino: Mais que simples, meu caro gato. Os seus sentimentos pela... qual é mesmo o nome dela... ?

ChatNoir: Marinette.

Nino: Ah! Então você tem sentimentos por ela! -Disse fazendo o amigo corar de imediato, o que o fez rir quase que de modo desenfreado.

ChatNoir: N-Não! Não foi i-isso que e-eu quis dizer! É que... -Ele dizia praticamente desesperado. Com um rubor forte tomando conta de seu rosto.

Nino: Nem acredito que você caiu nessa. E nem adianta negar, eu vi muito bem o clima que rolou entre vocês só de se olharem. Você nunca me escondeu nada, não vai ser agora agora que vai me esconder como foi sua aproximação com essa moça. -O olhou de modo desafiador.

Chat sabia que podia confiar nele. Era vergonhoso? Era. Mas eles estavam metidos em encrencas muito maiores, então, porquê não contar? Além de que, nunca o escondeu nada, como mesmo disse.

O gato começou a contar tudo para Nino. Todos os detalhes, já que era detalhista detalhista quando queria. Com a surpresa, ao final da conversa, Nino chacoalhou o amigo; o que o fez se assustar.

Nino: Cara! É ela! É ela! -Falava ainda chacoalhando o amigo.

ChatNoir: Mas do quê você está falando? -Se soltou do amigo.

Nino: A moça que você tanto me falava como queria! Se bobear, ela é até melhor. -Ele dizia com os olhos quase saltando de alegria pelo o amigo.

ChatNoir: ...Nino, está ficando maluco? Tudo o que tive com ela foi uma dança.

Nino: Há. E isso por acaso é desculpa? Pelo o jeito como você fala dela, já está apaixonado. Ou eu estou enganado?

ChatNoir não respondeu. Apenas abaixou a cabeça para seu amigo não o ver e começar a compara-lo com um tomate.

O Que a Máscara Esconde...Onde histórias criam vida. Descubra agora