A Primeira Batalha

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A noite estava caindo. Os moradores daquele reino já iriam trancando suas portas e janelas por conta de bandidos na região, e sempre fica muito mais perigoso ao escurecer.

Nas ruas vazias e desertas, o vento batia forte, e uma figura estava tentando andar contra o vento forte. Pelas suas vestes, era uma mulher. Com um enorme capuz cobrindo seu rosto.

Sua direção era a floresta, e assim que chegou lá, avistou duas figuras. Não deixou de abrir um sorriso.

Marinette: Obrigada por vir! -Disse abraçando-a.

Cozinheira: Eu que agradeço! Sei que vão me ajudar. -Tirou o capuz.

Mestre Fu: Vamos conversar com calma na pousada, é um pouco mais distante. Por favor, nos acompanhe. -Dito isso, os três caminharam pela frente. Em menos de dez minutos já estavam no quarto em que os mesmo estavam hospedados.

Mestre Fu: Bom, nós precisamos saber se a senhora poderia nos informar sobre o Rei. Nos diga, ele sempre foi agressivo, impulsivo assim? -Pergunta calmamente.

Cozinheira: Não, claro que não! Nathaniel é um rapaz de ouro! Sei que agora ele não demonstra ser o mesmo, mas acreditem em mim. Sempre foi de coração puro, bondoso, gentil, carinhoso. Até... -Iria continuar, mas se auto interrompeu abaixando a cabeça, fitando o chão com um olhar triste.

Marinette: Até... ? -Estava interessada no assunto, igualmente ao Mestre Fu.

Cozinheira: O p-pai dele morreu, e... ele nunca conheceu a mãe. Sofreu muito com a morte do pai, mas teve que ser forte, pois o reino precisava de um Rei. Até então, ele mantinha sua personalidade maravilhosa, bondoso, até que um dia... -Suspirou, reunindo fôlego para o que estava prestes a dizer. -Ele marcou de ir a uma viagem ao reino vizinho, o seu reino, Marinette. De lá, ele mandou um recado de que iria para outro reino... não consigo lembrar o nome do Rei de lá. Bourgeis... Borgeuis...

Adrien: Bourgeois. -Adentrou no quarto, já que tinha escutado o suficiente daquela conversa. E quando ouviu aquele sobrenome que só de ouvir lhe causava arrepios, decidiu por fim, saber do resto da situação. Ficou ao lado de Marinette e de Mestre Fu, em pé. Fitando agora a cozinheira.

Cozinheira: Isso! Isso mesmo, rapaz. Disse que iria ficar lá para resolver uns assuntos de última hora, e assim que voltou... voltou diferente. Estava rude, cruel... ele estava mau! Eu o não reconheço mais! Choro todas as noites pensando no que poderia ter acontecido, mas... -Iria continuar, mas é interrompida por suas lágrimas que já exploravam seu rosto sem permissão. Por fim escondeu seu rosto com as mãos, tentando pedir desculpas.

Marinette sentou ao seu lado e a abraçou. De imediato olhou para o Mestre Fu, e o mesmo entendeu o que ela queria transmitir através do olhar.

Mestre Fu: Minha senhora, o Rei Nathaniel está sendo obrigado a agir assim. É complicado para a mesma entender, até eu mesmo não entendo direito. -Sorriu de canto. -Mas eu lhe prometo, que vamos trazer o Rei de volta. Ele não ficará assim por muito tempo. -Disse por fim, vendo um sorriso esperançoso surgir no rosto da mesma.

Cozinheira: Muito, mais muito obrigada! -Disse animadamente entre soluços, abraçando de imediato o Mestre, que pela surpresa não teve reação.

Cozinheira: Bom, já está muito tarde, espero ter ajudado o suficiente. Preciso ir antes que notem meu sumiço! -Disse se soltando do mesmo, nem percebendo o quanto sem-graça ele estava.

Mestre Fu: S-Sim, nos ajudou o suficiente, muito obrigado. Nós acompanhamos a senhora, e... -Dizia envergonhado, tossindo para disfarçar.

Cozinheira: Ora, não se preocupem comigo, chego em cinco minutos. Além de que, é muito arriscado seus rostos saírem para fora. Mais uma vez muito obrigada! -Disse se mostrando mais animada. Saindo rapidamente da vista dos mesmos.

O Que a Máscara Esconde...Onde histórias criam vida. Descubra agora