Prólogo

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Olá leitores, como estão? Eu já estava com saudades de todos rsrsrs

Estou muito feliz por trazer mais essa história, cheia de paixão, para vocês. Espero que gostem!

Como a maioria já sabe, eu costumo postar dois capítulos por semana, às terças e sábados e com VERDADES OCULTAS  não será diferente. Entretanto, como se trata de uma história que requer muita pesquisa e estou escrevendo devagar, vou começar postando um capítulo por semana, mas é só no começo, depois normalizo postando duas vezes. 

Me digam o que estão achando. Boa leitura. <3 

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PRÓLOGO

Seattle, Washington, 1985.

Abri os meus olhos e mais uma vez tudo estava lá: o cheiro enjoativo de medicamentos impregnando o quarto pequeno e abafado, com paredes brancas, onde a única janela dava para os fundos de outro prédio, impossibilitando a ventilação; os burburinhos de vozes de médicos, enfermeiras e pacientes do outro lado das paredes; a solidão e a sensação de ser um prisioneiro. Porém, nada era pior que a aterradora perspectiva de que a qualquer momento o Dr. Blauman entraria no aposento para colher uma amostra do meu precioso sangue, como ele costumava dizer, ou me levar para mais uma tortuosa sessão de exames, como vinha fazendo por cinco longos anos, desde que me recusei a participar dos seus experimentos por vontade própria.

Aqueles estavam sendo os piores cinco anos da minha vida, durante os quais fui mantido prisioneiro no hospital particular – se é que se podia chamar aquela pocilga de hospital – do Dr. Blaumam, o infectologista, cientista e professor universitário que encontrou em mim a oportunidade da sua vida, a chance de descobrir a cura para a AIDS, devido ao fato de que eu possuo o gene CCR5-delta-32, uma deficiência genética que me garante imunidade total ao vírus HIV, uma luz no fim do túnel para as pesquisas em busca da cura para a doença gerada por esse vírus.

E o Dr. Blauman estava tão determinado a ser o primeiro a encontrar essa cura, uma brilhante descoberta que alavancaria sua carreira de cientista, que suas atitudes não tinham mais limites: há cinco anos inventara meu óbito para a sociedade médica e para as poucas pessoas com quem eu convivia - já que eu não tinha família e minha jovem esposa estava infectada pelo vírus quando nos casamos, chegando a falecer poucos anos depois, quando foi constatada minha imunidade - para assim poder manter-me prisioneiro em seu hospital e realizar todas as pesquisas e testes que queria, inclusive injetar o vírus diretamente na minha corrente sanguínea sem a minha autorização, colocando minha vida em perigo. Entretanto, para ele estava sendo melhor assim, pois não precisava da minha permissão para nada. Realizava os mais dolorosos e arriscados procedimentos com o meu corpo sem que eu tivesse como me negar.

Mas eu estava cansado daquilo, de ser um prisioneiro e ao mesmo tempo uma cobaia de laboratório. Por várias vezes ao longo destes anos cogitei dar um fim à minha vida, mas não tive coragem. Então decidi tentar de outra forma e encontrei a oportunidade perfeita em um dos seguranças noturnos viciado em medicamentos psicoativos que eu podia conseguir facilmente circulando pelos corredores do hospital. Esta madrugada ele me ajudaria a fugir. Estava tudo arranjado.

Verdades Ocultas (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora