Capítulo I

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Todo mulher passa por altos e baixos na vida,e tem que ter forças para enfrentar as duras que leva da sociedade por ser apenas mulher.
" Você é uma boa empregada Charlie,merece uma promoção, vou te promover,mas... Primeiro preciso que você me mostre qual boa você é! " 

Esse foi um grande motivo para eu ter largado o emprego e procurado me mudar para um outro lugar. Um lugar onde não me sentisse um objeto, que eu mudesse mostrar o meu potencial em admistradora sem ser colocada como um aperitivo sexual pelo meu chefe. Duvido que ele fizesse o mesmo com os seus funcionários homens.

Mas aquele não foi o meu maior problema eu passei a ser chantageada por ele,e passei a ser uma pessoa acuada,medrosa. Mas não foi por muito tempo eu acabei por me soltar de suas chantagens emocionais e me mudei para uma cidade pequena,antigo lar da minha falecida mãe. Aonde possuíamos algumas casas. Herança de meu pai que faleceu quando eu ainda tinha 15 anos de idade.

***

Empurrei a penúltima caixa apartamento a dentro. Estava cansada, era domingo e eu não havia conseguido que um ajudante de mudança me auxiliasse, então fui trazendo minhas coisas sozinha.

Respirei fundo eu tinha ainda mais uma caixa com roupas para trazer. Sai esperando o elevador, mas nada dele ser desocupado,acabei descendo as escadas,mas tropeçei na metade do caminho me desequilibrando escada abaixo,mas parei abrutamente. Isso parecia estranho,olhei para o lado e notei ser segurado por mãos grandes. Levantei meu olhar me deparando com olhos cinzas que me olhavam em atrevimento.

-Obrigado- disse por fim olhando para ele que ainda não havia me soltado.

-Não tem problema,linda- disse convencido. Malditos homens convencidos.

Me soltei dos seus braços e desci escada abaixo sem olhar para trás.

***

Tic tac Tic tac Tic tac...

Me virei para o outro lado da cama novamente, não encontrava uma posição confortável, eu era sempre assim quando dormia em lugares estranhos,mas eu havia de me acustumar era a minha nova casa.

Me levantei para ir a cozinha fazer um leite quente,para ver se me dava algum sono.

Meu apartamento ainda não tinha o meu estilo simples,ainda parecia um monótono quarto de hotel, sem nada familiar,mas anotei mentalmente que fazeria mudanças logo logo.

Coloquei a leiteira para esquentar enquanto olhava pela janela da frente,me deparando com a vista do outro bloco de aparmentos muito próximo,não havia paisagem,era só concreto.

Uma luz ligada no apartamento de frente ao meu, me chamou a atenção, havia uma movimentação em plena 1 hora da manhã, agusei a minha visão ao me deparar com uma mulher amarrada a uma parede nua,o que não parecia comum, aquela cena de alguma forma me pertubou,mas continuei a olhar até ver um homem a tocar seu corpo com calma,balançei a minha cabeça incrédula, odiava quando as mulheres eram tratadas como submissas.

Quando voltei a olhar, o homem olhava em minha direção, o que me assustou,cambaliei para trás fechando a cortina com força.

Voltei a atenção ao leite que a essas horas já havia se derramado da fervura,a mesma fervura que se fazia no meu íntimo mas me obrigava a negar fortemente.

***

Peguei o jornal numa banca perto da padaria que o porteiro havia me indicado,a padaria não era tão sofisticada e de variedades como na cidade grande,mas era aconchegante, pouca fila, tranquilidade coisa que eu não encontrava antes.

Olhei para a parte de empregos e me vi revirar os olhos nada que parecesse se enquadar a uma pessoa que possuia uma faculdade pós graduada,eu enfrentaria sérios problemas em arrumar um emprego,não que eu precisasse, eu tinha uma herança,mas queria ter meu dinheiro por mérito não de bandeja.

Supirei e acenei pro porteiro em agradecimento com a sacola de pães na mão.

Esperei o elevador pacientemente eu tinha o dia todo a toa.

Quando a porta se abriu um homem e uma mulher saiam de dentro,levantei o olhar vendo o homem que havia me ajudado nas escadas ontem e acenei a cabeça. A mulher estava de cabeça baixa,não levantou a cabeça em nenhum segundo. O que me intrigou. Me fazendo lembrar do acontecimento de ontem no apartamento vizinho. Entrei no elevador e olhei para frente vendo o último vislumbre dos dois saindo do prédio.

***

- Fernanda,eu não sei o que eu faço!- desabafei com a minha amiga no telefone enquanto enfiava colheradas de miojo garganta abaixo.

-Charlie, eu te disse não precisa ter saído daqui!  Era só ter o denunciado, não precisava disso tudo! - Minha amiga falou calmamente. Ela também não entendia,eu não estava apenas cansada de ser chantageada por ele,estava cansada de todos os homens da cidade,tanto os interesseiros como os pervertidos que pareciam não poder olhar para mulheres bonitas. E para as pessoas eu só era uma pessoa que sofria de problemas pessoais que podiam ser facilmente resolvidos,mas não era esse o devido caso.

-Fê,se fosse tão fácil eu teria feito isso.- disse terminado o assunto.

-Como está sendo aí? Como você imaginava? - Perguntou curiosa como sempre.

-Está sendo normal,o que muda é a tranquilidade, mas não é uma cidade como mamãe dizia,ela está em evolução... Quase já uma cidade grande.- disse pensativa,quando Helen minba mãe falava daqui parecia que era um lugar tão pequeno, que todos se conheciam, mas não parecia o real agora.

-Entendi,mas eu espero que você de sinta bem aí,eu torço por você amiga,a vizinhos bonitos aí?- perguntou com o seu senso homem a vista ligado.

-Não...não vi ninguém interessante até agora,aliás estou aqui para fugir de homens não se esqueça.- disse incerta. Havia sim um homem interessante. E ele parecia um misterioso homem controlador.

Meu Querido Amor Psicopata Onde histórias criam vida. Descubra agora