The Walking Dead:Um novo mundo.

Capítulo 22: "Não posso te perder também"

Maggie estava pendurada e não havia nada que eu pudesse fazer para ajudá-lá. O medo tomou conta de mim, se algo acontecer a ela eu nunca vou me perdoar. Eu deveria estar lá com ela, não correr para cá.

Batidas estridentes na porta chamam minha atenção. Peguei a faca e hesitante e olhei pelo olho mágico, algumas pessoas desesperadas. Destranquei a porta e elas entraram correndo carregando duas pessoas.

"Onde está a Denise?"- um homem negro me perguntou.

"Eu não sei. Coloca eles ali"- apontei para as macas onde eles colocaram os dois homens.

Ambos feridos, mas apenas um havia sido mordido. Sua perna direita havia sido mordia e seu braço igualmente.

"Temos que amputar?"- o homem me pergunta, e eu acinto triste.

Ele choramingava de dor e eu sentia pena de vê-lo assim, mas ele tinha que decidir. Não aguentaria viver sabendo que amputei os membros dele e o mesmo não queria.

"Ele tem que decidir."- digo parando-os.

"Ele não está em condições de decidir nada. Ele não vai dizer nada coerente."- o homem diz e eu concordo.

Respiro fundo e me apresso a pegar as ferramentas, assim que amputarmos, precisaremos estancar o sangue se não ele vai morrer se hemorragia.

"Aplica isso nele, rápido!"- disse entregando uma injeção de morfina.

"Quem vai fazer isso?"- pergunto alto enquanto preparo tudo.

Um silêncio se estala na sala e por minutos fico nervosa.

"Não posso fazer isso, não podem me pedir isso."- digo enquanto amarro o braço dele e a perna com cordas.

"Eu te ajudo."- o homem negro diz convicto.

O olho e ele acente e tomo coragem para fazer o que tem que ser feito. Os outros saem de perto de nós, enquanto nos preparamos para isso.

"Ajudem ele!"- me refiro ao outro homem que está ferido em outra maca.

O homem negro faz o sinal da cruz e levanta um machado que trazia consigo, ele golpeia a perna do homem na altura do joelho. Sangue espirra em nós dois, e o homem grita tentando alcançar sua perna. Mas eu o contenho assustada por sua reação. Seus gritos se tornam agudos e desesperadores, e meu medo doa monstros ouvirem é grande.

"A anestesia não fez efeito. Ele vai morrer de dor!"- digo preocupada, mas ele continua.

O homem desmaia em meus braços, enquanto o rapaz continua golpeá-lo com o machado, até o resto de sua perna se separar de seu corpo. Estremeço ao ver os restos de sua perna ali, bem na minha frente. Mas contenho todos os meus sentimentos de pena e nojo, e começo a estancar o ferimento.

"Peter, me ajuda."- ele grita pedindo ajuda para um homem encolhido em um canto rezando.O homem não se mexe.

O sangue suja meu corpo e minhas roupas. Vários panos ensanguentados são usados para estancar a quantidade  de sangue corrente. Felizmente as cordas ajudaram e a quantidade e contida fácil. Ele não irá suportar a amputação de seu braço, mas temos que tentar. Pois de um jeito ou de outro ele irá morrer, mas que eu saiba que tentei fazer tudo que estava ao meu alcance.

"Rápido, tem que fazer!"- digo enfaixando o local onde um dia era sua perna, mas agora é só uma lembrança da brutalidade do mundo atual.

O homem limpa o rosto sujo de sangue, e levanta o machado arrancando mais facilmente o braço do pobre homem. O sangue espirra em mim enquanto estanco o ferimento. Checo seus oilsot e o mesmo está enfraquecendo.