Narrador...

Durante a manhã inteira Maria ficou desperssa, seus pensamentos perdidos e suas vontades neutralizadas. Sentia suas pernas banbas ao se lembrar do momento vivido à pouco. Na hora de ir embora, saiu rápido sem falar com as amigas ou com qualquer pessoa que lhe pronunciasse a palavra.

Ele não conseguia falar direito. Sentia que faltava algo, mais o que? Sabia somente que aquilo era culpa de uma pessoa. Ela. Exatamente. Da primeira vez em que trombaram no corredor ele sentiu uma dor no peito. Agora sentia a mesma dor, só que mais intensa. Tinha vontade de voltar no tempo, de ve-la novamente. Sentia a respiração falha ao se lembrar do momento em que ficaram cara a cara. Resolveu que a única forma de se sentir melhor seria ficando longe dela. Até porque não a conhecia, não sabia onde morava, e nem ao menos seu nome. Não sabia também o motivo de sua paralisia quando chegava perto dela. Existiam várias garotas no Colégio e ele falava com todas elas, por que não com ela? Por que quando estavam juntos ele não conseguia falar, não conseguia respirar, não se mechia? Resolveu fazer um teste com algumas garotas e nada. Sua reação não mudava.

O sinal da saída bateu e ele saiu meio pensativo.

Estava andando no corredor quando um amigo lhe abraçou por cima dos ombros.
-Ai cara onde você pensa que vai? -Era o Guilherme. Guilherme era como um irmão para ele, sempre o ajudando em tudo, lhe dando dicas, sermões, puxões de orelha e até dinheiro.

Ele olhou e embora achasse que pudesse contar com o amigo para solucionar o problema, teve vergonha de pedir ajuda a ele já que o assunto era uma garota, e ele sempre mandou muito bem com elas.
Lembrou que o amigo esperava uma resposta.

-Er... Eu.. Er -não conseguiu achar nenhuma resposta de cara.

-Desembuxa cara! - era o Rafael atras dele, ele nem tinha percebido que ele estava ali.

-Deixa ele Rafa! -Guilherme fez um sinal pra que ele parasse de encher.

-Valeu Gui - olhou para os dois, ele não estava afim de conversar então resolveu acabar logo com a conversa. - Eu tava indo embora.

-Embora cara? Mais hoje tem jogo na quadra. -Rafael. Ele havia se esquecido do jogo.

-É verdade cara, hoje tem jogo. - Guilherme.

-É verdade, eu tinha esquecido. - resolveu falar a verdade.

-Iiih, oque é que tá rolando cara? - Rafael - Você nunca esquece o jogo. Por um acaso tá doente? - ele olhou para o irmão com um olhar que Guilherme conhecia bem. Ele percebeu que ele estava com problemas e pensou em um jeito de tirar o Rafael de lá, que continuava com as perguntas. -Ah já sei, são  garotas, né? Tá com problema com as mina né?

-Não! Eu não tô com problema nenhum com garotas. -um nervosismo aparente para tentar esconder que talvez estivesse realmente com problemas com elas. Ou melhor, com ela. Inventou algo. - O problema é com meus pais, tá?! -saiu andando.

-O que que eu fiz? -Rafael olhou meio perdido.- Só tava tentando ajudar. -Guilherme sabia que o amigo era meio atrapalhado, e sabia também que havia algo de errado com o irmão.

-Olha, eu sei que você queria ajudar, tá. Mas ele brigou com os pais, dá um desconto. - Rafa fez um sinal positivo. -Olha, o jogo já vai começar, vai indo eu vou no banheiro e já vou pra quadra.

Rafa aceitou e saiu andando. Guilherme esperou que o amigo se afastasse e correu para o estacionamento atrás do irmão.
Quando chegou lá viu o irmão colocando a jaqueta para subir na moto. Foi até ele.

-Ei! - ele olhou. - O que aconteceu mano?

-Nada. Não aconteceu nada. Eu tô legal.

-Mesmo? Porque não parece. -colocou a mão no ombro do amigo. -Ai cara, sabe que pode contar  comigo né? -ele fez um sinal positivo. -Quer conversar? - achou que ainda não fosse a hora de falar para o irmão.

-Não. Eu tô legal relaxa. Só um pouco despersso, mais legal.

-Então tá. -se afastou. - Mais qualquer coisa me chama, ok! -ele concordou, colocou o capacete e saiu rapidamente com a moto. Guilherme sentia que havia algo errado com o irmão e ele sabia que a briga com os pais nunca havia acontecido. Pensou um pouco e resolveu ir para a quadra ver o jogo.

Rafael...

Cheguei na quadra e reservei um lugar para o Guilherme. Resolvi comprar umas balas e uns refris para nós dois já que eu causei uma certa tensão entre nós agora a pouco.
Em falar nele, demorou muito para voltar e nem prestou atenção no jogo direito. Na hora de ir embora ele falou que ia passar em um lugar, não me disse qual, mais algo me diz que ele e o ******* tão escondendo algo de mim. Que raiva! É só eu falar uma besteirinha que eles já começam a esconder as coisas de mim. Que ódio!

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Oi, td bem gente? Eu tô bem.
Essa é mais uma das minhas ideias, uma história romântica muito fofa...

Espero que gostem, opinem e me dêem ideias...

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